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Comandante transgênero do Exército alemão é tema de filme

Rebecca Staudenmaier md
22 de novembro de 2019

Filme mostra vida de Anastasia Biefang, uma veterana de missões no Afeganistão que fez transição de gênero. Comandante de batalhão de 700 homens diz que desejava mostrar que "também existem pessoas trans na Bundeswehr".

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Dois militares em roupas camufladas conversam numa sala, com outro militar sentado ao computador ao fundo
Tenente-coronel Anastasia Biefang (dir.) se assumiu transsexual aos 40 anos, no auge da carreira militarFoto: picture-alliance/dpa/P. Pleul

Ich bin Anastasia (eu sou Anastácia, em tradução livre), um documentário sobre a primeira comandante transgênero do Exército alemão estreou nos cinemas alemães nesta quinta-feira (21/11).

O filme acompanha a tenente-coronel Anastasia Biefang, uma veterana de missões militares no Afeganistão, enquanto ela conta a história de como percebeu ser transsexual e se assumiu como tal a seus colegas aos 40 anos, no auge de sua carreira.

O documentário também descreve as reações dentro da Bundeswehr (as Forças Armadas alemãs) quando ela assumiu o comando do batalhão de tecnologia da informação em 2017, na cidade de Storkow, no leste do país, depois de sua transição e do abandono do seu antigo nome masculino.

"Decidi imergir [no batalhão] de mente aberta e decidi que todo mundo tinha mente aberta também em relação a mim", diz ela no trailer do filme.

Falando no programa de entrevistas da jornalista Sandra Maischberger, da emissora pública alemã ARD, Biefang descreveu o momento em que se assumiu como transgênero diante dos colegas, durante uma reunião de rotina. "Sim, meu cabelo vai ficar um pouco mais longo nos próximos meses", disse então Biefang.

Anastasia Biefang primeira comandante transsexual da Bundeswehr
Biefang diz que, para sua surpresa, decisão de se assumir transgênero não teve impacto negativo em sua carreiraFoto: Imago Images/H. Galuschka

Para sua surpresa, a decisão de se assumir transgênero nas Forças Armadas alemãs não teve um impacto negativo em sua carreira – mas ela pondera que demorou um tempo para que os cerca de 700 soldados sob seu comando se acostumassem.

A maioria dos preconceitos desmoronou, segundo ela, quando as pessoas no batalhão perceberam: "Uau! Ela é apenas uma pessoa", disse.

"Decidi deliberadamente me tornar visível com o assunto. Queria botar minha cabeça para fora da areia e dizer: 'Ei, também existem pessoas trans na Bundeswehr'."

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