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Dupla brasileira perde e fica com a prata no vôlei de praia

18 de agosto de 2016

Ágatha e Bárbara Seixas perdem para as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst em Copacabana. Segundo lugar dá ao Brasil sua 12ª medalha no Rio e mantém jejum de 16 anos sem ouro no vôlei de praia feminino.

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Kira Walkenhorst disputa bola na rede com a brasileira Bárbara Seixas
Kira Walkenhorst disputa bola na rede com a brasileira Bárbara SeixasFoto: picture-alliance/dpa/S. Stache

A dupla brasileira formada por Ágatha e Bárbara Seixas perdeu para as alemãs Laura Ludwig e Kira Walkenhorst por 2 sets a 0 na madrugada desta quinta-feira (18/08) e ficou com a medalha de prata no vôlei de praia feminino dos Jogos do Rio de Janeiro.

O segundo lugar no torneio representa a 12ª medalha do Brasil nesta edição do megaevento esportivo (três de ouro, cinco de prata e quatro de bronze). Pouco antes, a outra equipe da casa, formada por Larissa e Talita, perdeu de virada por 2 sets a 1 para as americanas Kerri Walsh Jennings e April Ross na disputa pelo bronze.

As europeias se mostraram superiores durante toda a partida, que terminou com parciais de 21-18 e 21-14, com direito a amplo domínio alemão no segundo set.

"Realmente, demos tudo da gente, mas as alemãs jogaram melhor, elas mereceram. Mas essa prata é muito especial, por isso eu chorei tanto. A gente colocou para fora toda a pressão, a adrenalina, tudo o que vivemos em função desse grande torneio. Estamos felizes por termos dado um resultado positivo para o Brasil", afirmou Bárbara.

Na opinião de Ágatha, os fortes ventos na arena da praia de Copacabana não podem ser usados como argumento para a derrota, mas foram preponderantes para a dupla da Alemanha, que conseguiu administrar melhor a partida naquelas condições.

"Elas começaram a sacar e a gente não conseguiu virar a bola. O vento estava dificultando e é óbvio que dificulta para os dois lados, por isso digo que elas mereceram, souberam jogar nessas condições", declarou.

O Brasil não conquista um ouro no vôlei de praia feminino desde 1996, quando Jacqueline Silva e Sandra Pires subiram ao degrau mais alto do pódio em Atlanta, nos Estados Unidos. Segundo Bárbara, o título seria importante, mas a prata valeu o empenho durante o ciclo olímpico.

Laura Ludwig comemora ponto para a Alemanha: partida terminou com parciais de 21-18 e 21-14
Laura Ludwig comemora ponto para a Alemanha: partida terminou com parciais de 21-18 e 21-14Foto: picture-alliance/dpa/S. Kahnert

O jogo

A decisão começou bem equilibrada. As brasileiras saíram na frente, abrindo o placar em ataque de Bárbara e depois ampliando para 6-4 em lindo rali, quando Ágatha deslocou as rivais com leve toque e ergueu os braços para levantar a torcida.

As alemãs reagiram em ótimo momento de Laura e passaram a liderar o jogo com dois pontos após erro no saque de Bárbara, mas a equipe da casa continuou na cola e pontuou três vezes seguidas ao aproveitaR falhas na recepção do outro lado, levando o jogo para 13-13.

Não durou muito tempo a vantagem brasileira. Com dois erros de Bárbara e dois pontos de Kira, a Alemanha abriu 17-13 e preocupou os torcedores presentes. Com o domínio da partida, fecharam o primeiro set com três pontos de diferença, em 21-18.

Na volta do intervalo, Laura fez lindo ponto ao encobrir a dupla brasileira com uma manchete inesperada e, em seguida, ampliou. Bárbara descontou, mas um apagão na dupla brasileira permitiu que as adversárias chegassem a 6-1.

O Brasil voltou a pontuar no jogo, mas a diferença foi bem administrada e até ampliada pelas alemãs, que chegaram a incríveis seis pontos de vantagem, em 14-8.

Embaladas pela torcida, as brasileiras recuperaram um pouco o prejuízo e cortaram o saldo negativo para 15-12, mas a tarefa era árdua. Sacando para o jogo, a dupla alemã perdeu um set point, mas contou com erro de Bárbara no saque para levar o ouro, com 21-14

RPR/efe/ots