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Economia alemã cresce 0,3% no segundo trimestre

14 de agosto de 2012

Ainda não há sinais de recessão na maior economia da Europa, graças ao consumo e ao aumento das exportações, mas o crescimento mostra um menor impulso. Atividade econômica na zona do euro recua 0,2%.

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Foto: picture-alliance/dpa

Consumidores animados e as crescentes exportações fizeram com que a economia alemã registrasse crescimento no segundo trimestre deste ano. O Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) divulgou nesta terça-feira (14/08) que, entre abril e junho, o PIB do país subiu 0,3% em comparação com o registrado entre janeiro e março.

No entanto, o ritmo de crescimento revela uma pequena desaceleração. No primeiro trimestre do ano, o índice havia sido de 0,5%. Na comparação anual, com o segundo trimestre de 2011, o PIB registrado agora é, em termos reais, 0,5% maior.

"Segundo cálculos preliminares, as exportações subiram um pouco mais do que as importações", escreveram os estatísticos. "Além disso, consumiu-se mais no segundo trimestre em comparação com o primeiro, tanto em âmbito privado quanto no setor público", explicaram. Assim, o recuo dos investimentos, sobretudo em máquinas, aparelhos e outros equipamentos, pôde ser compensado.

Segundo estudo do instituto de pesquisas econômicas Ifo divulgado na segunda-feira, as exportações da Alemanha superaram as importações como em nenhum outro país observado. O superávit primário alemão foi de 210 bilhões de dólares, deixando para trás tanto a China e o Japão como os países exportadores de petróleo.

Exportações e consumo aquecidos sustentaram crescimento do PIB
Exportações e consumo aquecidos sustentaram crescimento do PIBFoto: picture alliance/dpa

Ainda no positivo

Em comparação com outros países da União Europeia, a Alemanha vai bem. O PIB da Itália, por exemplo, caiu 0,7%, o da Bélgica retraiu 0,6% e o da Espanha, 0,4% no segundo trimestre. A economia francesa estagnou. O crescimento geral da zona do euro, e também na União Europeia, foi negativo em 0,2% no segundo trimestre, depois de ter estagnado no primeiro.

Apesar do resultado considerado positivo, as expectativas para o próximo levantamento relativo à maior economia da Europa não são das melhores. Analistas acreditam que ela poderá encolher, já que as exportações, a produção e demanda industrial caíram nas últimas semanas. O principal termômetro para medir a conjuntura da economia, o Ifo Business Climate Index, está em seu pior nível desde março de 2010.

Economistas ainda não veem sinais de recessão na Alemanha – pelo menos, não para este ano. O próprio governo alemão tem dado demonstrações de temer por sua economia diante da duradoura crise na Europa.

"Os outros condicionantes da economia permanecem do mesmo jeito e estão sujeitos a riscos crescentes", alertou recentemente o Ministério da Economia. "Sobretudo a crise da dívida em alguns países da zona do euro volta a preocupar, alimenta incertezas e leva a uma retração da economia." Além disso, a economia mundial permanece frágil.

MSB/rtr/dapd/dpa
Revisão: Alexandre Schossler