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Eleições nos EUA são "alerta" para a Alemanha, diz ministro

9 de novembro de 2020

O pleito nos Estados Unidos escancarou divisões profundas que servem de lição para a maior economia da Europa, afirma o provável candidato à chancelaria pelo Partido Social-Democrata, Olaf Scholz.

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Deutschland | Pressekonferenz zu Konjunkturprogramm | Olaf Scholz
"Aprendamos com os EUA e evitemos os erros que causam prejuízos tão enormes", disse ScholzFoto: Michael Kappeler/dpa/picture-alliance

Após uma campanha eleitoral dramática com resultados apertados nos Estados Unidos, a Alemanha deve assegurar o mesmo não ocorra no país, afirmou o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, neste domingo em um artigo de opinião publicado no jornal Bild am Sonntag (08/11).

"A contagem dos votos nos EUA não foi apenas um thriller político de dias de duração, mas também um alerta urgente. Um alerta também para nós, na Alemanha, sobre até onde se pode chegar quando uma sociedade se deixa dividir", afirmou Scholz.

O provável candidato do Partido Social-Democrata (SPD) à sucessão da chanceler federal Angela Merkel parabenizou o presidente eleito Joe Biden e sua vice, Kamala Harris, após serem projetados como os vencedores das eleições, mas ressaltou que o trabalho nos Estados Unidos sequer começou.

Ele destacou as divisões sociais entre ricos e pobres e as comunidades mais humildes nos centros urbanos e áreas rurais. Essas diferenças não foram criadas pelo presidente Donald Trump, diz Scholz, mas, algo que ele "explorou e aprofundou sem misericórdia" durante sua presidência.

Scholz destacou que essas divisões também existem na Alemanha, de modo que alguns se sentem como cidadãos de segunda classe, enquanto certas pessoas "pensam que são melhores do que os outros”.

"Isso é algo ruim, porque nossa comunidade apenas funciona bem se, no longo prazo, enxergarmos isso como uma causa comum." "Aprendamos com os EUA e evitemos os erros que causam prejuízos tão enormes."

As declarações de Scholz ocorrem em um momento em que a Alemanha começa cada vez mais a olhar para suas próprias eleições no ano que vem e enquanto o país se prepara para uma era pós-Merkel.

Depois de 15 anos no poder, a chanceler Angela Merkel não vai concorrer a um novo mandato, oque gera várias especulações sobre quem deverá ser o próximo chanceler.

RC/dw