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Em busca de uma posição comum perante a Grécia

2 de junho de 2015

Merkel recebe Hollande, Juncker, Draghi e Lagarde em Berlim, em tentativa de encontrar melhor forma de lidar com a situação de Atenas, que até o fim de junho terá que pagar 1,6 bilhão de euros.

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Foto: picture-alliance/dpa

Um encontro de alto nível na madrugada de segunda para esta terça-feira (02/06) em Berlim, envolvendo os líderes das duas maiores economias da Europa e os chefes do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia mostrou o grau de preocupação com a atual situação da Grécia.

Inicialmente, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, receberia apenas o presidente francês, François Hollande, e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para o encontro. Mas, já no final da noite, se uniram a eles o chefe do BCE, Mario Draghi, e a do FMI, Christine Lagarde.

Segundo fontes diplomáticas, a reunião teve como objetivo conseguir uma "posição comum" entre as instituições. O consenso teria sido de que é "cedo demais" para apresentar um ultimato ao governo de Alexis Tsipras. Até o início da madrugada, nenhuma posição oficial sobre o resultado do encontro havia sido anunciada.

A semana iniciada nesta segunda-feira pode ser definitiva para um acordo da Grécia com os credores – FMI, BCE e Comissão Europeia.

Até a sexta-feira, Atenas terá que desembolsar uma primeira parcela de 300 milhões de euros ao FMI. No total, deverá devolver, só neste mês, cerca de 1,6 bilhão de euros aos credores. Caso não consiga, teme-se o início de um efeito dominó, que, num caso extremo, poderia levar a Grécia a sair da zona do euro.

Apesar de tudo indicar que há fundos para devolver 300 milhões, há sérias dúvidas sobre a capacidade de Atenas de arcar com as parcelas restantes e a despesa estatal, que soma mensalmente 2,8 bilhões de euros, entre salários, pensões e seguridade social.

A Comissão Europeia insiste que não há uma data limite para conseguir um acordo e que o único prazo estabelecido é 30 de junho, quando expira o prolongamento de quatro meses do resgate.

Caso haja acordo, seriam abertas as portas à pronta convocação de uma reunião do Eurogrupo, onde se poderia aprovar o desembolso para a Grécia, pelo menos parcial, dos 7,2 bilhões de euros pendentes do resgate.

RPR/rtr/efe/dpa