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Em primeiro teste, partido de Merkel freia "efeito Schulz"

27 de março de 2017

No estado do Sarre, conservadores obtêm vantagem confortável sobre social-democratas, que vinham ganhando terreno em nível nacional com mensagem de mudança. Votação era tida como termômetro em ano de eleições gerais.

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Partidários da CDU comemoram vitória na eleição regional do estado do Sarre
Partidários da CDU comemoram vitória na eleição regional do estado do SarreFoto: picture-alliance/dpa/O. Dietze

Os conservadores da chanceler federal alemã, Angela Merkel, saem reforçados das eleições regionais no estado do Sarre, realizadas neste domingo (26/03), tendo ganhado o pleito com vantagem em relação aos social-democratas, até mesmo melhorando os resultados da votação anterior.

Segundo os resultados preliminares oficiais, a União Democrata Cristã (CDU) conseguiu 40,7% dos votos – contra os 35,2% obtidos há cinco anos. O Partido Social-Democrata (SPD) deve fica com 29,6%, uma ligeira perda em relação aos 30,6% das eleições de 2012.

Leia a cobertura completa sobre a eleição na Alemanha em 2017

Os socialistas do partido A Esquerda ficaram com 12,9% dos votos, quase quatro pontos percentuais a menos que na campanha de 2012.

Democrata-cristã Annegret Kramp-Karrenbaeuer deve seguir governando o estado do Sarre
Democrata-cristã Annegret Kramp-Karrenbaeuer deve seguir governando o estado do SarreFoto: picture-alliance/dpa/B. Roessler

Enquanto o populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), com 6,2%, consegue entrar em seu 11º parlamento estadual, tanto o Partido Verde como o Partido Liberal (FDP) ficam de fora.

A hipótese mais provável é que o Sarre continue sendo governado por uma grande coalizão entre democrata-cristãos e social-democratas, sob liderança da atual governadora, a democrata-cristã Annegret Kramp-Karrenbaeuer.

Menor estado do país

Cerca de 800 mil eleitores do estado do Sarre, o menor do país, foram convocados para votar, em um pleito regional que marcou o primeiro teste para a chanceler federal alemã Angela Merkel, no ano em que ela concorre à reeleição.

Após o surgimento do candidato Martin Schulz – e a meteórica ascensão dele nas pesquisas de opinião, permitindo que o Partido Social-Democrata alemão (SPD) chegasse temporariamente a ultrapassar os conservadores de Merkel pela primeira vez em mais de uma década –, alguns analistas avisaram que um tropeço no Sarre poderia representar o início do fim da era Merkel.

Com uma mensagem de mudança, a nomeação de Schulz, ex-presidente do Parlamento Europeu, no final de janeiro deu novo impulso a um partido que nos últimos anos vinha sendo relegado ao segundo plano na cena política alemã. A nível nacional, o SPD está agora tecnicamente empatado com a União Democrata Cristã (CDU) de Merkel.

O Sarre é governado há quase 18 anos pela CDU – atualmente em aliança com o SPD, no mesmo formato que a coalizão formada a nível federal. Mas o chamado "efeito Schulz" também se fez notar na região, fazendo com que o partido tenha perdido em pouco mais de dois meses 12 pontos de vantagem que tinha sobre o SPD.

As próximas eleições regionais na Alemanha estão agendadas para maio em Schleswig-Holstein e Renânia do Norte-Vestfália. O primeiro é um pequeno estado no norte do país, na fronteira com a Dinamarca. O segundo, o mais populoso do país, está situado no oeste. Ambos são governados pelo SPD.

MD/dpa/efe/afp