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Empresários esperam 60 mil empregos com a Copa

(as)2 de fevereiro de 2006

Pesquisa da Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio entre seus associados mostra um cenário otimista: criação de 60 mil vagas, melhora na infra-estrutura e crescimento de 0,3% do PIB com a Copa do Mundo.

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Mascote Goleo deverá ajudar a atrair turistas para impulsionar a economia alemãFoto: AP

Como a Copa do Mundo de 2006 na Alemanha afeta concretamente a sua empresa? Essa foi a pergunta enviada pela Confederação Alemã das Câmaras de Indústria e Comércio (DIHK) aos seus associados no outono europeu de 2005.

O resultado mostra um cenário otimista. A Copa do Mundo deverá gerar 60 mil empregos e representar um crescimento adicional da economia de 0,3%. "Em 2007, ainda existirão 20 mil dessas vagas de trabalho", afirma o especialista da DIHK Volker Treier.

Ele também vê vantagens no ganho de imagem para os produtos alemães no exterior e na melhoria da infra-estrutura, principalmente na diminuição do custo de transportes.

Numerosos otimistas...

Entre as cerca de 20 mil empresas que responderam ao questionário, quase um sexto se mostrou otimista com os negócios gerados pelo maior evento esportivo do mundo. Nas proximidades das cidades-sede, o percentual sobe para um quinto dos entrevistados.

Segundo Treier, o setor da aviação civil é o mais animado: "Nesse setor, todas as empresas estão otimistas". O motivo é óbvio: a onda de turistas que virá para assistir aos jogos e que deverá incrementar também os vôos internos.

Também otimistas estão 41% dos empresários do setor de hotéis e restaurantes, 27% das empresas de seguros e 19% da área de informação, do qual fazem parte as empresas de mídia. Entre as gráficas e editoras que já estão gastando tinta e papel com álbuns, pôsteres e revistas sobre a Copa, o otimismo alcança um terço dos empresários.

... e alguns pessimistas

Há também quem se mostre pessimista com os efeitos do Mundial de Futebol, ainda que em número reduzido. Apenas um entre cada 50 empresários teme efeitos negativos no seu setor, com o afluxo de fãs da bola vindos de todo o mundo.

O curioso é que a maioria dos pessimistas é do setor de turismo. Nessa área, 23% não vê vantagens numa Copa do Mundo em solo alemão – exatamente o mesmo percentual dos que pensam o contrário.

"Muitos alemães dizem que este ano não viajarão para a Turquia ou para Mallorca e ficarão em casa. Mas, por outro lado, muitos turistas virão para a Alemanha, o que ajuda a equilibrar a balança", explica Treier. O temor de muitas agências de viagens é que os alemães – notórios viajantes – resolvam ficar no seu país por causa das atrações em campo.