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Enviado da ONU à Síria diz não ter plano para solucionar crise

25 de setembro de 2012

Em seu primeiro relato ao Conselho de Segurança desde que assumiu o posto de mediador da ONU e da Liga Árabe, no início de setembro, Lakhdar Brahimi afirma que a situação na Síria é extremamente grave e está piorando.

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Bundesaußenminister Guido Westerwelle (l, FDP) trifft sich am 24.09.2012 in New York mit dem Sondergesandten der Vereinten Nationen und der Arabischen Liga für Syrien, Lakhdar Brahimi. Westerwelle hält sich anlässlich der 67. Generalversammlung der Vereinten Nationen vom 21.-28.09.2012 in New York auf. Foto: Sven Hoppe dpa
Guido Westerwelle und Lakhdar BrahimiFoto: picture-alliance/dpa

O mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, apresentou um relato sombrio da guerra civil naquele país durante uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança das Nações Unidas, nesta segunda-feira (24/09). O diplomata argelino afirmou que ainda não tem um plano para encerrar o conflito.

Ele acrescentou que não há qualquer expectativa de avançar na resolução do conflito. "A situação está muito difícil e chegamos a um impasse", declarou o mediador ao Conselho de Segurança na véspera da Assembleia Geral, que reunirá líderes de todo o mundo em Nova York a partir desta terça.

Brahimi assumiu o posto de enviado especial das Nações Unidas e da Liga Árabe à Síria no início de setembro, sucedendo o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, que fracassou com seu plano de cessar-fogo e tentativa de diálogo entre governo e oposição sírias.

Oposição da Rússia e da China

Países árabes e ocidentais já apresentaram três projetos de resoluções para elevar a pressão sobre o regime do presidente Bashar al-Assad, mas todos foram vetados por China e Rússia, membros permanentes do Conselho de Segurança e, portanto, com direito a veto.

Os governos chinês e russo alegam que a Europa e os Estados Unidos estão buscando um pretexto para intervir militarmente na Síria, nos moldes do que aconteceu na Líbia em 2011.

A violência na Síria, que se prolonga há 18 meses, já levou 1,5 milhão de pessoas a deixar suas casas, e o país enfrenta escassez de alimentos por causa das plantações destruídas pela guerra, afirmou Brahimi, que é emissário da ONU e da Liga Árabe.

O ex-ministro do Exterior argelino disse também ao Conselho de Segurança que a tortura de presos se tornou uma rotina – estima-se que mais de 30 mil pessoas tenham sido presas; cerca de mil teria morrido em decorrência de torturas mais severas. "Milhões de vidas foram despedaçadas", disse Brahimi.

RO/afp/dpa/rtr/dw
Revisão: Alexandre Schossler