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Erdogan acusa Merkel de apoiar terroristas

13 de março de 2017

Presidente turco afirma que Alemanha esconde integrantes do banido PKK e suspeitos de participar de tentativa de golpe de Estado. Em resposta, porta-voz diz que chanceler federal alemã não entrará em jogo de provocações.

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Erdogan, presidente turco
Erdogan acirra tensão entre Turquia e UEFoto: Getty Images/AFP/O. Kose

Em meio à tensão entre a Turquia e diversos países da União Europeia, após o cancelamento de comícios políticosem solo europeu, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou nesta segunda-feira (13/03) a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, de apoiar terroristas.

"Merkel, por que você está escondendo terroristas no seu país? Por que você não faz nada?", questionou Erdogan, durante uma entrevista à emissora de televisão A-Haber.

Leia mais: A Turquia em rota de colisão com a UE

Ele acusou Berlim de não ter respondido a 4,5 mil documentos enviados por Ancara sobre suspeitos de terrorismo e de não tomar medidas contra a guerrilha curda PKK.

"Merkel, você apoia terroristas", destacou Erdogan, alegando que a Alemanha esconde militantes curdos e suspeitos de terem participado da tentativa de golpe fracassada na Turquia, que ocorreu no dia 15 julho do ano passado.

Erdogan acusou ainda a "televisão estatal" alemã de apoiar organizações terroristas e fazer propaganda contra o referendo constitucional para decidir se o presidente turco deve receber mais poderes, como a capacidade de governar por decreto.

Em resposta às acusações de Erdogan, o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, afirmou que as declarações são absurdas.

"A chanceler federal não tem intenção de entrar num jogo de provocações. Ela não participará disso", acrescentou Seibert.

Diversos comícios de ministros turcos em cidades alemãs foram cancelados desde o início de março. As autoridades locais justificaram as medidas alegando preocupação com a segurança dos eventos.

Os cancelamentos ocorreram depois da prisão do jornalista teuto-turco Deniz Yücel, na Turquia, acusado de incitação ao ódio e de fazer propaganda para o PKK. Além da Alemanha, Holanda, Áustria e Suíça também cancelaram eventos semelhantes.

CN/dpa/afp