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Interdição parcial

20 de abril de 2010

Aviões começam a decolar e pousar nos aeroportos da Europa. Mas em alguns países, como Inglaterra e Dinamarca, os aeroportos ainda continuam fechados devido à presença de nuvens de cinza vulcânica.

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Aviões voltam a decolarFoto: picture alliance / dpa

Após cinco dias de espera, o trafego aéreo voltou a funcionar na Europa. Desde esta terça-feira (20/04), 75% do espaço aéreo europeu foi reaberto, segundo informaram as autoridades de segurança aérea da Eurocontrol. Até as 10 horas da manhã, 10 mil aeronaves já estavam no ar ou nos planos de voo. O tráfego aéreo estava parado desde a semana passada devido à nuvem de cinzas proveniente do vulcão que entrou em erupção na Islândia.

Segundo informou a Eurocontrol, de aproximadamente 27.500 voos planejados para esta terça-feira cerca de 14 mil poderão ser realizados. "Pouco a pouco os voos estão retomando à normalidade", disse Brian Flynn, porta-voz da Eurocontrol.

Flynn também informou que, em casos de novas erupções do vulcão islandês, a nuvem de cinzas provavelmente não ficaria sobre o continente europeu durante tantos dias. Isso porque, no momento, as condições meteorológicas são melhores do que na semana passada.

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Passageiros esperam a normalização dos voosFoto: AP

Voltando ao céu

No aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, a primeira aeronave a decolar na manhã nesta terça-feira seguiu para Nova York. No entanto, as autoridades francesas comunicaram que a completa normalização do tráfego aéreo no país ainda levará dias.

Também na Suíça, assim como na Escócia e na Bélgica, o espaço aéreo foi reaberto. Segundo a segurança aérea em Berna, os voos-teste constaram que a concentração de cinzas na atmosfera diminuiu consideravelmente, não oferecendo mais riscos para o tráfego aéreo.

Na Alemanha, os aeroportos voltaram a funcionar lentamente. Nesta terça-feira, cerca de 800 aviões devem decolar no país, conforme anunciou Klaus Raab, porta-voz do Controle de Tráfego Aéreo Alemão. O espaço aéreo foi liberado apenas para voos visuais; a interdição para voos instrumentais permanece até às 2h00 da quarta-feira.

Na Chechênia, no sul da Polônia e no leste da Áustria, os voos já estavam livres no início do dia. Apenas um corredor ao norte da Polônia estava impedido.

Ainda em espera

Já na Inglaterra, o espaço aéreo continua fechado até novas decisões. O bloqueio continua valendo para voos a mais de seis mil metros de altitude, segundo informaram as autoridades. Em Londres, o aeroporto de Heathrow, o maior da Europa, continua inoperante.

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Depois de cinco dias de espera nos aeroportos, situação começa a ser normalizadaFoto: AP

Zonas proibidas

Na noite de segunda-feira, ministros do Transporte da União Europeia informaram sobre a existência de três zonas aéreas distintas. Na primeira, todos os voos estariam proibidos; na segunda, as autoridades nacionais poderiam decidir sobre a interdição dos voos com autorização europeia; enquanto na terceira, os voos poderiam ser retomados sem restrições.

A zona interditada se estendia do Leste europeu até o Mar Negro e seu centro estaria no Mar do Norte. Entre algumas áreas bloqueadas estavam Dinamarca, sul da Suécia e Finlândia. A Noruega e grande parte da Suécia estavam livres.

Alemanha faz voo-teste

Para avaliar as condições de voo no espaço aéreo alemão, o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) realizou um voo-teste nesta segunda-feira. O avião de sondagem saiu de Munique, passando por Leipzig até Hamburgo, voltando finalmente a Munique.

Segundo Ulrich Schumann, diretor do Instituto para Física da Atmosfera, a operação teve sucesso. "Todos os aparelhos de medição funcionaram. Voamos em diversas altitudes, de dois a 12 quilômetros", informou.

Durante o voo, os pilotos puderam ver as nuvens de cinzas. "As estruturas são interessantes, muito variáveis e distintas. As de Leipzig eram diferentes das de Hamburgo, por sua vez distintas das encontradas em Stuttgart", disse Schumann.

O Centro Aeroespacial Alemão ainda está analisando os dados coletados pelo voo-teste. O resultado das análises deve ser divulgado ainda nesta terça-feira.

DD/DW/Reuters/dpa/apn
Revisão: Simone Lopes