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"Estado Islâmico" captura dezenas de cristãos na Síria

7 de agosto de 2015

Extremistas sequestram mais de 200 civis, incluindo ao menos 60 cristãos, por "colaborarem com o regime", segundo Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Outros 250 capturados em fevereiro continuam desaparecidos.

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Foto: picture alliance/ZUMA Press/Medyan Dairieh

Membros do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) capturaram mais de duzentos civis, incluindo cristãos, numa cidade na região central da Síria, disse nesta sexta-feira (07/08) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

"O Daesh [acrônimo em árabe para a organização terrorista] sequestrou ao menos 230 pessoas, incluindo ao menos 60 cristãos, durante uma ofensiva em Al-Qaryatain", afirmou Rami Abdel Rahman, diretor da organização que monitora a condição dos direitos humanos no país.

Muitos dos cristãos haviam fugido da província de Aleppo, no norte da Síria, em busca de refúgio em Al-Qaryatain. Rahman disse que os sequestrados foram acusados pelo EI de "colaborar com o regime" sírio e que seus nomes constavam numa lista em posse dos jihadistas durante a ofensiva. Famílias que tentavam fugir ou se esconder foram capturadas pelos extremistas.

Al-Qaryatain está localizada num ponto intermediário entre o território ocupado pelo EI na província de Homs, no leste, e a região de Qalamun, no oeste. Segundo um cristão sírio de Al-Qaryatain, que atualmente vive em Damasco, a população cristã na cidade foi reduzida para cerca de trezentas pessoas.

Em maio, homens encapuzados sequestraram o padre católico sírio Jacques Mourad no monastério sírio Mar Elian, em Al-Qaryatain, próximo à cidade histórica de Palmira, controlada pelos jihadistas. Mourad, conhecido por prestar assistência a muçulmanos e cristãos, preparava ajuda humanitária para refugiados vindos de Palmira.

Em fevereiro, os extremistas haviam capturado ao menos 250 cristãos assírios, muitos dos quais eram mulheres ou crianças, em ataques a vilarejos no norte da Síria. Até o momento, não se sabe o que aconteceu a muitas dessas pessoas, assim como a sacerdotes que estão desaparecidos. Entidades cristãs acreditam que os religiosos estejam sob poder do EI.

RC/afp/rtr