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"Estado Islâmico" reivindica fuga de prisioneiros no Iraque

9 de maio de 2015

Dezenas de pessoas morrem, enquanto mais de 30 presos, entre eles militantes jihadistas, conseguem escapar de presídio ao norte da capital do país. Ataque começa dentro da instalação, mas conta com apoio externo do EI.

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Foto: picture-alliance/AP Photo

Dezenas de pessoas foram mortas e mais de 30 detentos escaparam numa sangrenta fuga de prisão ao norte de Bagdá, confirmaram o governo iraquiano neste sábado (09/05). A organização terrorista do "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria do ataque. O número de mortos e fugitivos ainda é incenrto.

O ministério do Interior do Iraque disse que ao menos seis guardas e mais de 30 detentos foram mortos na sexta-feira, enquanto 40 presos escaparam da penitenciária em Khalis, aproximadamente 50 quilômetros da capital iraquiana.

"Um dos prisioneiros tomou a arma de uma guarda. Depois de matá-lo, o preso foi até o armazém de armamento e pegou mais armas", disse o porta-voz da brigada policial, general Saad Maan. "Houve confrontos dentro do presídio. Nós perdemos um primeiro-tenente e cinco policiais e 40 prisioneiros fugiram. Nove deles estavam detidos sob acusações de terrorismo e o restante por crimes comuns", esclareceu Maan.

O porta-voz acrescentou que 30 prisioneiros, todos também detidos por acusações de terrorismo, foram mortos nos confrontos. Outras fontes, no entanto, falam em 12 policiais e aproximadamente 50 presidiários mortos no ataque.

Em um comunicado publicado em fóruns jihadistas, O grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria alegando que membros do Ei atacaram simultaneamente policiais do lado de fora da prisão. "Irmãos dentro da prisão de Khalis foram capazes de coordenar com irmãos fora da prisão", disse o grupo.

"Quinze IEDs (dispositivos explosivos improvisados, na sigla em inglês) foram detonados contra comboios do Exército e da polícia ao redor da prisão", alegou o comunicado. "Nossos irmãos conseguiram tomar o controle do armazenamento de armas e atacar os apóstatas, matando muitos. Graças a Alá, mais de 30 cavaleiros do 'Estado Islâmico' foram libertados", concluiu o comunicado.

O Iraque tem sofrido diversas fugas de prisioneiros ao longo dos últimos dois anos, incluindo uma durante uma das primeiras grandes ofensivas do EI, em junho de 2014. Os jihadistas libertaram e recrutaram centenas de prisioneiros sunitas, também nas cidades de Tikrit e Mossul.

A fuga em massa da prisão de Abu Ghraib, ao oeste de Bagdá, na qual mais de 500 presos, incluindo altos militantes islâmicos, escaparam em julho de 2013, é considerada um dos momentos-chave da ascensão do "Estado Islâmico".

PV/afp/ap