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Poder aquisitivo dos europeus

13 de fevereiro de 2008

Um estudo sobre renda na União Européia revela diferenças regionais, inclusive dentro da Alemanha, onde Hamburgo tem o maior poder aquisitivo e Brandemburgo, o menor.

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Sem-teto pede esmola em MuniqueFoto: dpa
Os moradores do centro de Londres têm o maior poder aquisitivo da União Européia (UE). Eles são três vezes mais ricos que a média dos cidadãos europeus, considerando o Produto Interno Bruto (PIB) per capita expresso em paridade de poder de compra. Os cidadãos mais pobres da UE foram encontrados em regiões da Romênia, da Bulgária e da Polônia, onde a renda é três vezes menor que a média da comunidade. Esses dados constam de um estudo realizado pelo Departamento Europeu de Estatística (Eurostat) e baseado nos valores de 2005 dos Produtos Internos Brutos medidos em paridade de poder de compra, ou seja, levando em conta as diferenças de custo de vida entre os países. Os resultados confirmam pesquisas feitas nos anos anteriores. Centro de Londres é o primeiro da lista A média do PIB per capita no centro de Londres é avaliada em 67.798 euros, ou seja, 303% da média européia de 22.400 euros. Por outro lado, os cidadãos mais pobres da UE vivem no nordeste da Romênia com uma média de 7.542 euros, o que corresponde a 24% da média da UE. Luxemburgo é a cidade com maior poder aquisitivo depois de Londres, com um PIB per capita correspondente a 264% da média, imediatamente seguida por Bruxelas, com uma taxa de 241%. Hamburgo representa a quarta área mais rica de toda a UE, com um PIB per capita correspondente a 202% da média da comunidade. A taxa relativa a toda a Alemanha, de 115%, é superior à européia. Entre as 42 regiões que superam a marca de 125%, oito se encontram na Alemanha. Holanda e Reino Unido (cinco cada) e Itália e Áustria (quatro cada) vêm a seguir. Comparativamente, um quarto das regiões da EU não chegam à marca de 75%. As mais pobres se encontram na Bulgária, na Romênia e na Polônia. Dentro da Alemanha, as regiões mais ricas após Hamburgo são a Alta Baviera (166%), Darmstadt (158%) e Bremen (157%). A região mais pobre do país, o nordeste de Brandemburgo, só alcança 74% da média da UE. População ativa flutuante influencia O Eurostat ressalva que o PIB per capita pode ser fortemente influenciado por uma população ativa flutuante, e regiões com um número maior de trabalhadores em trânsito atingem melhor resultado. O influxo de trabalhadores "móveis" em áreas como o centro de Londres "eleva a produção para um nível que não poderia ser atingido pela população ativa fixa", esclarece o Eurostat. O resultado é que o PIB per capita parece ser superestimado nessas regiões e subestimado em áreas com evasão de mão-de-obra circulante. (jen / sm)