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EUA convidarão Irã para negociações sobre conflito na Síria

28 de outubro de 2015

Washington deseja que Teerã participe das conversações multilaterais sobre a crise síria, que serão realizadas ainda nesta semana. Perante Congresso, secretário de Defesa não descarta ação militar terrestre contra o EI.

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Secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, sinalizou mudanças na política americana em relação ao conflito em território sírio
Foto: Getty Images/C. Somodevilla

O Departamento de Estado dos EUA anunciou, nesta terça-feira (27/10), que o Irã será convidado a participar das negociações sobre como resolver a guerra civil da Síria. As conversações multilaterais, que contarão com Estados Unidos, Rússia, Turquia, Arábia Saudita, entre outros países, serão retomadas no fim desta semana, em Viena.

Notório aliado incondicional do presidente sírio, Bashar al-Assad, a participação de Teerã pode enfurecer outro membro chave das conversações – arqui-inimigo Arábia Saudita.

"Com um convite para a participação do Irã, acredito que os líderes iranianos podem acreditar que se trata de um convite multilateral genuíno", disse o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, sem mencionar qual poder transmitirá oficialmente o convite.

À imprensa, Kirby disse que o objetivo das conversações em Viena é estabelecer planos para um regime de unidade interino em Damasco, que abriria o caminho para uma eventual saída de Assad.

O secretário de Estado, John Kerry, parte de Washington para Viena na quarta-feira, para conversações com "cerca de uma dúzia de países" sobre a crise na Síria. As negociações fundamentais terão lugar na sexta-feira, mas os diplomatas devem participar de algumas reuniões preparatórias ou bilaterais na capital austríaca na véspera.

Ashton Carter não descarta ação militar terrestre

Também nesta terça-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, testemunhou perante o Congresso americano sobre a estratégia militar do país contra a organização extremista do "Estado Islâmico" (EI) no Iraque e na Síria. Sinalizando uma mudança na política, Carter afirmou que o governo de Obama não coibirá "ação direta no solo" por meio de forças especiais, caso esta medida proporcione uma melhor chance de eliminar alvos jihadistas.

"Esperamos intensificar nossa campanha aérea, incluindo mais caças americanos e da coalizão, para atingir alvos do EI, com uma quota maior e mais pesada de ataques", afirmou Carter. "Estamos dispostos a continuar a fornecer mais capacidades para ajudar nossos parceiros iraquianos a obter sucessos", completou.

Os EUA possuem atualmente 3.500 tropas terrestres estacionadas no Iraque, que apesar de sua missão declarada de "treinar e aconselhar" militares iraquianos estiveram recentemente envolvidos em intensos combates no norte do país. Na semana passada, um soldado americano morreu quando uma unidade americana e forças curdas peshmerga invadiram uma prisão gerenciada pelo EI e libertaram 70 prisioneiros.

PV/afp/dpa/lusa