1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Eurocéticos entram pela primeira vez em legislativo regional na Alemanha

31 de agosto de 2014

Após sucesso nas eleições europeias, eurocríticos obtêm votos suficientes para entrar no Parlamento regional do estado da Saxônia. Democratas-cristãos de Merkel vencem, mas terão que governar estado com outro aliado.

https://p.dw.com/p/1D4Tf
Membros do partido AfD comemoram após divulgação de projeçõesFoto: picture-alliance/dpa

Os eurocéticos estarão representados pela primeira vez em um Parlamento regional alemão após as eleições deste domingo (31/08) no estado da Saxônia. Os eurocríticos do partido Alternativa para a Alemanha (AfD, em sua sigla em alemão), obtiveram cerca de 10% dos votos, de acordo com projeções das televisões estatais alemãs.

Fundado no início de 2013, já nas eleições legislativas de setembro daquele ano o AfD conseguiu 4,7% dos votos, equiparando-se ao veterano Partido Liberal (FDP). Entretanto, faltaram-lhe 0,3 ponto percentual para alcançar os 5% que lhe dariam direito a entrar no Parlamento alemão. A sigla também quase conseguiu por pouco entrar no Parlamento regional de Hessen naquele mesmo ano.

Sucesso no pleito europeu

Mas a legenda atraiu muitos votos de conservadores, decepcionados com a política do euro, e saiu fortalecida nas eleições para o Parlamento Europeu, em maio, quando obteve 7,1% e sete assentos. Na Saxônia, a agremiação conseguiu sua melhor marca no pleito europeu: cerca de 10%.

A União Democrata Cristã (CDU), da chanceler federal alemã, Angela Merkel, que governa esta região do sudeste alemão desde 1990, saiu novamente como a primeira força, com cerca de 39% dos votos, mas perdeu seu parceiro de coalizão, o FDP, que não deve, segundo as projeções, conseguir votos suficientes para continuar no governo.

Assim, o governador da Saxônia, o democrata-cristão Stanislaw Tillich, terá que buscar outro aliado para governar. Ele evitou descartar uma cooperação com os eurocríticos, como fez Merkel em nível nacional. Outra possibilidade é uma coalizão com os social-democratas, que obtiveram em torno de 12%, de acordo com os prognósticos.

MD/ap/dpa