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Europeus estão vivendo mais, mas ainda bebem e fumam muito

13 de setembro de 2018

OMS aponta que expectativa de vida na Europa subiu, mas fatores de risco ligados ao estilo de vida ameaçam progresso. Obesidade cresce, e consumo de álcool é o mais alto do mundo. Quase um terço dos europeus fuma.

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Um homem com cigarro na mão
Índice de fumantes chega a 43,4% na Grécia, 39,5% na Rússia e 28,1% na FrançaFoto: nito/Fotolia.com

Os europeus estão vivendo por mais tempo, mas essa tendência pode estar ameaçada por fatores de risco como obesidade, cujas taxas são crescentes, e tabagismo. O alerta foi feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em relatório divulgado nesta quarta-feira (12/09).

O documento, publicado pelo escritório da OMS na Europa, aponta que a expectativa de vida dos europeus subiu de 76,7 anos em 2010 para 77,8 anos em 2015. Ou seja, as pessoas no continente vivem, em média, mais de um ano a mais atualmente do que no início da década.

As mulheres continuam vivendo mais do que os homens: a expectativa de vida feminina é de 81,1 anos em comparação com os 74,6 anos da masculina, embora a diferença tenha ligeiramente diminuído em relação aos números de 2010.

Existem ainda grandes lacunas entre os 53 países analisados pelo chamado Relatório Europeu de Saúde. Os homens vivem quase 16 anos a mais na Islândia, onde a expectativa de vida masculina é de 81,4 anos, do que no Cazaquistão, onde é de apenas 65,7 anos.

"O progresso é desigual, tanto dentro de um país como entre países, entre os sexos e entre as gerações", afirma Zsuzsanna Jakab, diretora da OMS na Europa.

Segundo o relatório, a população com expectativa de vida mais alta é a de Luxemburgo, com uma média de 83,1 anos, e a mais baixa é a da Moldávia, com 71,65 anos.

Embora o bem-estar dos europeus seja o mais bem avaliado do mundo, Jakab alerta que fatores de risco relacionados ao estilo de vida são "motivo de preocupação". "Se não forem controlados, eles podem desacelerar ou mesmo reverter os grandes ganhos na expectativa de vida", diz.

Obesidade e sobrepeso

Segundo o relatório, as taxas de pessoas obesas e com excesso de peso seguem uma tendência de crescimento em quase todos os países europeus.

Em 2016, 23,3% da população do continente sofria de obesidade, o que representa um aumento de 2,5 pontos percentuais em seis anos, enquanto 58,7% estavam acima do peso, marcando um crescimento de 2,8 pontos ante 2010.

A tendência é particularmente marcante na Turquia, onde quase quatro em cada dez mulheres (39,2%) são obesas. Outros países com índices preocupantes são Malta, onde 29,8% da população é obesa, e Reino Unido, onde a taxa de obesidade é de 27,8%.

A classificação de sobrepeso e obesidade, segundo a OMS, é feita através do chamado índice de massa corporal (IMC), calculado fazendo a divisão do peso de um corpo pela sua altura ao quadrado. Se o resultado estiver entre 25 e 30, há excesso de peso, e mais de 30 significa obesidade.

Consumo de álcool e cigarro

O relatório também aponta que a Europa possui algumas das maiores taxas de consumo de tabaco e álcool do mundo. Cerca de 29% dos europeus com mais de 15 anos fumam, em comparação com 16,9% nas Américas e 24,8% no Sudeste Asiático.

Nos países, o índice de tabagismo chega a 43,4% na Grécia, 39,5% na Rússia e 28,1% na França. Já o Uzbequistão é a nação com menos fumantes, com uma taxa de 13,3%.

O relatório aponta, contudo, um progresso em meio a números preocupantes: a proporção de europeus que fumam diariamente caiu de 28,1% em 2002 para 24,4% em 2014.

O consumo de bebidas alcoólicas também foi reduzido em comparação com as altas dos anos 1990 e 2000, mas a média de 8,6 litros de álcool puro por pessoa em 2014 ainda põe a Europa no topo da lista de regiões onde a população mais bebe.

Entre as nações da União Europeia, a Lituânia é o país com a taxa mais alta, com uma média de 15,2 litros de álcool puro consumidos por cidadão por ano. Seguem no ranking a República Tcheca (12,7 litros) e a Bélgica (12,6 litros). O índice mais baixo é na Macedônia: menos de 1,1 litro por pessoa.

O relatório da agência de saúde das Nações Unidas é publicado de três em três anos. Desta vez, a pesquisa incluiu também um fator subjetivo: a satisfação dos cidadãos com a vida nos dias de hoje. Entre uma escala de 0 a 10, a nota média para toda a região foi de 5,9.

EK/afp/dpa/efe

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