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Exército venezuelano jura "apoio incondicional" a Maduro

8 de janeiro de 2016

Em meio a crise política no país, forças armadas juram lealdade ao presidente e criticam decisão da oposição de retirar retratos de Bolívar e Chávez da Assembleia Nacional.

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino LópezFoto: picture-alliance/dpa/Miraflores Press

As forças armadas da Venezuela reiteraram, nesta quinta-feira (07/01), "lealdade absoluta" e "apoio incondicional" ao presidente Nicolás Maduro. O país vive uma crise política entre o governo e a recém-eleita oposição, que detém a maioria parlamentar.

"O presidente é a mais alta autoridade do Estado e nós reafirmamos a nossa lealdade absoluta e o nosso apoio incondicional", declarou o general Vladimir Padrino López, reconduzido ao cargo de ministro da Defesa nesta quarta-feira.

López ainda criticou a decisão da oposição de retirar da Assembleia Nacional (Parlamento) os retratos e símbolos ligados a Simón Bolívar, herói da independência no século 19, e a Hugo Chávez, presidente da Venezuela entre 1999 e 2013.

"Exigimos o fim imediato de atos de tal natureza, que em nada contribuem para a harmonia, a compreensão e a paz de nossos compatriotas", disse o ministro. "Apesar das diferenças políticas, inevitavelmente compartilhamos o amor pela pátria, pela independência e pela soberania nacional, assim como o respeito pela Constituição e pelas leis da República."

Em comunicado, López afirmou ainda que a decisão é uma "atitude grosseira, arrogante e prepotente contra a memória eterna de nosso libertador Simón Bolívar, que é o pai da nação". "É também um insulto à memória de um filho ilustre de Bolívar, o comandante supremo Hugo Chávez, às forças armadas e à honra militar", concluiu.

A oposição antichavista – aliança Mesa de Unidade Democrática (MUD) – conquistou uma maioria de dois terços nas eleições legislativas de 6 de dezembro do ano passado. Isso lhe confere largos poderes, como convocar um referendo ou estabelecer uma assembleia constituinte.

Essa maioria representa uma virada histórica contra o regime chavista, atualmente protagonizado pelo presidente Maduro. Trata-se da primeira vez desde 1999, ano em que Chávez subiu ao poder, que a oposição detém maioria legislativa.

EK/afp/dpa/efe/lusa