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Assessor da Bundeswehr acusado de traição vai a julgamento

20 de janeiro de 2020

Teuto-afegão que atuava como tradutor para as Forças Armadas da Alemanha é suspeito de espionar para serviço de inteligência do Irã. Ele pode ser condenado à prisão perpétua.

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Detuschland Prozess gegen mutmaßlichen Spion des Irans
Abdul S. (dir.) e seu advogadoFoto: picture-alliance/dpa/T. Frey

O julgamento de um  teuto-afegão suspeito de espionar para o Irã enquanto atuava como consultor e tradutor para Forças Armadas da Alemanha (Bundeswehr) começou nesta segunda-feira (20/01), em Koblenz, no oeste do país.

Os promotores acusam o réu Abdul S., de 51 anos, de traição e de ter cometido 18 violações de segredos oficiais. Ele pode ser condenado à prisão perpétua, como um cumprimento mínimo de 15 anos de pena.

"Abdul S. é fortemente suspeito de abusar de sua posição como funcionário civil do Bundeswehr para passar segredos de estado a um membro do serviço secreto iraniano", afirmam documentos do tribunal.

A esposa do suspeito também será julgada, acusada de ter ajudado e favorecido as atividades do marido. Seu julgamento, no entanto, ocorrerá em março. Ela pode ser condenada a até 11 anos de prisão.

Abdul S. trabalhou por vários anos como tradutor e consultor cultural em uma base da Bundeswehr na cidade de Daun, no oeste da Alemanha, antes de ser preso em janeiro de 2019. Ele atuava principalmente na tradução de interceptações telefônicas e radiofônicas de membros do Talibã.

De acordo com a revista Der Spiegel, suas atividades ilegais foram descobertas após uma dica de "um serviço de inteligência estrangeiro aliado”, que informou que havia um traidor trabalhando para o Irã dentro da Bundeswehr.

A partir daí, militares do setor de contrainteligência notaram que algumas viagens de Abdul S. para algumas cidades da Europa coincidiam com deslocamentos de agentes da inteligência iraniana.  

Devido à natureza sensível das acusações, o julgamento será realizado a portas fechadas. O público não poderá participar de partes do julgamento em que forem feitas referências a acusações relacionadas aos segredos oficiais.

LL/dpa

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