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Ex-líderes europeus defendem candidatura de Lula

15 de maio de 2018

Em manifesto, José Luis Rodríguez Zapatero, François Hollande, Massimo D'Alema, Romano Prodi, Enrico Letta e Elio di Rupo criticam Lava Jato e impeachment de Dilma.

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Lula momentos antes de se entregar à polícia, em 7 de abril
Lula momentos antes de se entregar à polícia, em 7 de abrilFoto: picture-alliance/AP-Photo/N. Antoine

Em um manifesto, seis ex-chefes de Estado e de governo europeus, entre eles o espanhol José Luis Rodríguez Zapatero e o francês François Hollande, ambos socialistas, criticaram nesta terça-feira (15/05) a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pediram que o petista possa concorrer às eleições presidenciais no Brasil.

"A prisão precipitada do presidente Lula, incansável artífice da diminuição das desigualdades no Brasil e defensor dos pobres, só pode suscitar nossa comoção", disseram os ex-líderes, no texto ao qual a agência de notícias Efe teve acesso exclusivo.

Leia também: O Brasil a caminho de uma eleição pulverizada

Além de Zapatero, que presidiu o governo espanhol entre 2004 e 2011, e Hollande, que comandou a França entre 2012 e 2017, os ex-premiês italianos Massimo D'Alema, Romano Prodi e Enrico Letta e o belga Elio di Rupo assinam o documento. No manifesto, eles fazem críticas à Operação Lava Jato e ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

"A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos a escolher seus governantes", destacou o documento. Os ex-líderes consideram ainda uma "séria preocupação" o impeachment de Dilma, "democraticamente escolhida pelo seu povo e cuja integridade jamais foi posta em interdição".

Diante deste cenário, os políticos apelaram "solenemente para que o presidente Lula possa concorrer livremente perante o sufrágio do povo brasileiro".

O manifesto, sob o título Chamada de Líderes Europeus em apoio a Lula, foi organizado por Jean-Pierre Bel, enviado pessoal de Hollande para a América Latina (2015-2017) e ex-presidente do Senado francês (2011-2014).

Em janeiro deste ano, Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso envolvendo um tríplex no Guarujá, no litoral paulista. Ele nega as acusações.

Em 5 de abril, o juiz Sérgio Moro, que havia condenado o ex-presidente em primeira instância no ano passado, determinou sua prisão a fim de iniciar o cumprimento da pena. Ele se entregou dois dias depois e, desde então, está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba.

CN/efe

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