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Ex-premiê de Israel começa a cumprir pena

15 de fevereiro de 2016

Condenado a 19 meses por corrupção, Ehud Olmert é o primeiro ex-chefe de governo do país a ir para prisão. Ele usará uniforme de detento e terá dois colegas de cela.

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Ehud Olmert chega à prisão para começar a cumprir a pena de 19 mesesFoto: Getty Images/AFP/J. Guez

O ex-primeiro-ministro israelense Ehud Olmert começou nesta segunda-feira (15/02) a cumprir pena de 19 meses de prisão por corrupção. Reconhecido internacionalmente pelos esforços por um acordo de paz com os palestinos, até que escândalos o obrigaram a deixar o cargo, ele é o primeiro ex-chefe de governo do país a ser preso.

Olmert, de 70 anos, chegou à prisão na cidade de Ramla, no centro do país, em um comboio escoltado por seguranças, um direito de ex-líderes do país. Sua chegada foi transmitida ao vivo por canais de TV israelense. Antes, ele divulgou um vídeo no qual insiste em sua inocência.

"Como primeiro-ministro, fui encarregado da mais alta responsabilidade, a de salvaguardar os cidadãos de Israel. Hoje sou eu que sou trancado em uma cela", diz o político, que ficou no poder entre 2006 e 2009. "Neste momento, é importante para mim dizer mais uma vez, como disse dentro e fora do tribunal, que nego completamente as acusações de suborno de que fui acusado."

O escândalo que levou à condenação ficou conhecido em Israel como "Holyland", um esquema de corrupção envolvendo obras urbanísticas em Jerusalém quando Olmert era prefeito. O caso o obrigou a renunciar ao cargo de primeiro-ministro em 2008.

Israel Ehud Olmert
"Nego completamente as acusações de suborno de que fui acusado", disse o políticoFoto: Reuters/O. Zwigenberg

Em 2014, Olmert foi considerado culpado de duas acusações: aceitar 500 mil shekels (129 mil dólares) de empreiteiros de um projeto imobiliário de Jerusalém, e 60 mil shekels (15 mil dólares) por um caso separado de negociação de um terreno.

O político recebeu inicialmente sentença de seis anos de prisão, mas, em dezembro, a pena foi reduzida para 18 meses – a Suprema Corte anulou uma condenação por suborno. Em janeiro, uma instância inferior acrescentou um mês à condenação por obstrução da Justiça.

Olmert ficará em uma pequena ala da prisão, onde ele e outros réus do escândalo imobiliário ficarão segregados dos outros prisioneiros por motivos de segurança. Ele usará uniforme de detento e terá dois colegas de cela.

RPR/rtr/ap/ots