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Extremistas e migrantes entram em confronto em cidade alemã

15 de setembro de 2016

Cerca de 20 estrangeiros e 80 moradores, a maioria extremistas de direita, enfrentam-se em Bautzen, no leste da Alemanha. Cidade tem sido palco frequente de incidentes xenófobos nos últimos meses.

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Conflito entre moradores e migrantes em Bautzen
Foto: picture-alliance/dpa/Xcitepress

A polícia alemã afirmou nesta quinta-feira (15/09) que cerca de cem policiais foram acionados para conter um confronto ocorrido na cidade de Bautzen, no leste da Alemanha, entre moradores – em grande parte, militantes da extrema direita – e refugiados.

O porta-voz da polícia local, Thomas Knaup, afirmou que cerca de 80 alemães e 20 migrantes se enfrentaram na noite desta quarta-feira numa praça da cidade. Ao tentar separar os grupos, policiais foram atacados com garrafas, pedaços de madeira e outros objetos por alguns dos refugiados. Os policiais responderam utilizando spray de pimenta e cassetetes.

Extremistas de direita gritaram slogans nacionalistas e perseguiram os requerentes de asilo quando estes voltavam para o abrigo em que residem, enquanto a polícia tentava manter os grupos separados. Os extremistas gritavam slogans como "Bautzen para os alemães".

Mais tarde, alguns dos militantes de extrema direita atiraram pedras contra uma ambulância, para evitar que esta se aproximasse do abrigo e socorresse os migrantes feridos. Foi necessária a intervenção da polícia para que um refugiado pudesse ser levado a um hospital.

Deutschland Bautzen Polizei bei Konflikt Flüchtlinge vs Rechte
Policiais tiveram de intervir para conter os dois ladosFoto: picture-alliance/dpa/Xcitepress

Bautzen, que fica no estado da Saxônia, tem sido palco de incidentes xenófobos nos últimos meses. Em fevereiro, um incêndio danificou um antigo hotel que estava sendo preparado para receber refugiados, enquanto pessoas festejavam o fogo, reunidas em frente ao edifício em chamas. Algumas delas tentaram impedir o trabalho dos bombeiros. Em março, o presidente alemão, Joachim Gauck, foi ofendido durante uma visita à cidade para discutir a crise dos refugiados com os moradores.

MD/dpa/epd/ap