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FBI faz buscas no apartamento de ex-advogado de Trump

29 de abril de 2021

Promotores investigam se ele violou as leis de lobby dos Estados Unidos em seus negócios com a Ucrânia. Dispositivos eletrônicos foram apreendidos.

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Giuliani, de terno escuro e gravata vermelha, com a mão esquerda na cabeça.
Giuliani nega as acusações.Foto: Kevin Dietsch/newscom/picture alliance

O FBI realizou nesta quarta-feira (28/04) buscas no apartamento e no escritório do ex-advogado de Donald Trump e ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani. De acordo com o The New York Times, "dispositivos eletrônicos" foram apreendidos.

As autoridades federais investigam se Giuliani fez lobby ilegal durante a administração de Trump, em 2019, em nome de funcionários e oligarcas ucranianos, que, ao mesmo tempo, o ajudavam a pesquisar possíveis fatos que poderiam prejudicar os adversários políticos de Trump, em especial o atual presidente americano, Joe Biden. Giuliani, em um comunicado, negou as acusações.

O filho de Giuliani, Andrew, condenou a operação, chamando-a de "nojenta" e acusando o Departamento de Justiça de uma agenda política.

"Qualquer pessoa, qualquer americano, seja você vermelho ou azul, deve ficar incomodado com o que aconteceu aqui hoje, com a contínua politização do Departamento de Justiça", disse a repórteres.

 "Se isso pode acontecer com o advogado do ex-presidente, pode acontecer com qualquer americano. Basta", completou.

As tentativas de Giuliani de convencer o governo ucraniano a entregar informações comprometedoras sobre Hunter, filho de Joe Biden, vieram à tona e levaram à abertura de um processo de impeachment contra Trump, em 2019. O ex-presidente americano foi condenado pela Câmara, mas absolvido no Senado.

Dois homens que trabalharam para Giuliani na Ucrânia, Lev Parnas e Igor Fruman, foram indiciados no final de 2019 por acusações de violação das leis financeiras de campanha e outros crimes.

A Lei de Registro de Agentes Estrangeiros (Fara) considera crime federal tentar influenciar ou fazer lobby junto ao governo dos Estados Unidos a pedido de uma autoridade estrangeira, sem informar o departamento de justiça.

No ano passado, uma tentativa de promotores federais para obter um mandado de busca contra Giuliani foi negada pelo Departamento de Justiça, durante o governo Trump. Agora, com o novo procurador-geral, Merrick Garland, que assumiu o cargo no mês passado, o mandado foi aceito.

le (lusa, afp, ots)