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FESTIVAL DE LITERATURA DE BERLIM

7 de setembro de 2007

Festival de Literatura, Beethoven, arquivos do Holocausto, sinagoga, informática, espionagem e Segunda Guerra foram os tema comentados por nossos leitores esta semana. Vale a pena ler. Clique aqui!

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Isabel Allende é uma das convidadas do festivalFoto: AP

Não existe literatura "da América Latina". Isso é um tremendo reducionismo, fruto da visão altamente estereotipada e ignorância de americanos e outros ditos desenvolvidos. Existe literatura em língua portuguesa, portanto brasileira, e literatura em língua espanhola, portanto dos países da América Hispânica. Português e espanhol são duas línguas muito diferentes. Têm almas e ritmos completamente contrastantes, são de realidades sociais e culturais diversas e produzem literaturas bastante diferenciadas.

É um erro ver o Brasil como "América Latina". Brasileiros são só "brasileiros" e geograficamente "sul-americanos". Não são "latinos". O que ocorre é que parte dos brasileiros, inclusive a imprensa, não se define, se deixa definir. [...] Exemplos: Teoricamente, brasileiros, portugueses, angolanos e moçambicanos (português), franceses, belgas, senegaleses, outros países africanos e Haiti (francês), italianos, romenos, etc, seriam "latinos" porque todos falam uma língua derivada do latim.

Mas na prática são apenas os hispanos que se vêem como "latinos". Na teoria, todos os países da América são "americanos" mas o mundo inteiro vê e entende apenas os cidadãos dos EUA como "os americanos". Na teoria, o rótulo "América Latina" compreenderia países de língua derivada do latim. Mas na realidade o termo é tão inadequado que há vários países que falam línguas não-latinas (Suriname fala holandês, Jamaica, Bahamas e vários outros países falam inglês ou misturas do holandês).

Geograficamente o México sempre esteve na América do Norte, mas nunca ninguém chama os mexicanos de "norte-americanos". Portanto, é preciso questionar esses enganadores rótulos exógenos que nos impõem. [...]
Eduardo Silva

BEETHOVENFEST 2007

Quero calorosamente felicitar e agradecer aos responsáveis pelo setor cultural da Deutsche Welle por este extraordinário brinde que está sendo concedido a todo um planeta, colocando os apreciadores da grande música em contacto com estas produções em andamento no Festival de Bonn.

Sem ter ouvido um único compasso, não tenho a menor dúvida que se trata de desempenhos de elevadíssimo nível artístico e que será um fantástico presente para todos os admiradores da cultura alemã se viermos a ser, de vez em quando, lembrados em iniciativas semelhantes. Danke, de todo coração!
Ruy Mauricio de Lima e Silva Neto

ARQUIVOS DO HOLOCAUSTO
Sou completamente a favor da abertura dos Arquivos do Holocauto aos historiadores que certamente irão contribuir para a ampliação dos conhecimentos sobre este tão importante tema. Desse modo, os mitos e mentiras divulgados pelos revisionistas e negacionistas terão cada vez menos espaço.
Ricardo Figueiredo de Castro

SINAGOGA DE BERLIM

Acho importante a reabertura da sinagoga de Berlim, pois a Alemanha é um país democrático e com isto demonstra o seu respeito com outras etnias.

Luiz Fernando Morello Hax

INFORMÁTICA E ESPIONAGEM

É um horror o que, em nome da segurança nacional se quer fazer, rastrear a vida do cidadão sob as alegações mais estúpidas possíveis. Práticas totalitárias estão em gestação, em nome da segurança pública, como fizeram e ainda fazem alguns países, tudo em nome da segurança. Que futuro horrível nos aguarda...
Antonio Carlos Siqueira Campos

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Foi a grande guerra mais próxima de nós. Por isso, temos nos fixado nela como a pior de todas. Certamente, não foi. Basta olharmos para a história humana, pontilhada de tantas guerras, tanta destruição, tantos genocídios. Não existe uma guerra pior que a outra. Todas matam seres inocentes que nada têm a ver com o desejo de poder de uns poucos gananciosos e egoístas.

A Segunda Grande Guerra, de fato, matou em torno de 50 milhões de pessoas, guerreiros ou não. Ocorre que a revolução comunista na China matou bem mais do que isso, e quase não se fala naquele genocídio cruel, entre um mesmo povo. A revolução comunista na Rússia, matou mais de 30 milhões de russos, mas quase não se fala também nela.

A Segunda Guerra tem sido muito explorada no sentido de se firmar posições ideológicas radicais, que interessam a bem poucos. Ao contrário, deveria ser lembrada como algo ruim para todos, cujas causas econômicas e políticas continuam presentes em nossos dias. Ou seja, acabou-se mais uma grande guerra, mas quase nada foi feito para eliminar as suas causas que continuam aí pelo mundo afora, forçando uma terceira guerra, de resultados imprevisíveis.

Enquanto isso, o meio ambiente terrestre vai ficando cada vez mais empobrecido, a terra exaurindo rapidamente, sem nenhuma sinalização positiva de um novo horizonte alvissareiro para a espécie humana. Conhecemos bem a história, mas continuamos insistindo em repeti-la, egoisticamente.

Davidson Campaneli