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Festival em Viena traz panorama da dança contemporânea

(sv)29 de julho de 2002

Embora sem estréias internacionais, o Impulstanz, de Viena, traz uma seleção de bom nível, que inclui o mestre da improvisação Steve Paxton, a belga Anne Teresa de Keersmaeker e o controverso coreógrafo Michael Laub.

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A companhia Rosas, da belga Keersmaeker, é uma das atrações do eventoFoto: Herman Sorgeloos

Até o próximo 11 de agosto, Viena bate na tecla da tradição de não ter tradição e repete mais uma vez o festival que pretende não ser festival. O Impulstanz segue "a idéia de não ter idéia", declarou o coordenador Guido Reimitz ao diário alemão Frankfurter Rundschau. No entanto, a idéia existe: reunir coreógrafos jovens e conceituados, peças que atraiam o grande público e novidades para um número selecionado de espectadores.

Na versão 2002, os organizadores contam com nomes do calibre de Anne Teresa de Keersmaeker, que para comemorar os 20 anos de sua companhia Rosas, traz à Viena Soirée Répertoire, espetáculo que une cinco trabalhos da mestra belga. Em (but if a look should) April me, Keersmaeker reflete sobre a solidão, partindo do verso de E.E. Cummings, que dá título à peça. A música une Stravinski, Mozart e Iannis Xenakis, entre outros, a canções populares italianas e indianas.

Também presente está o mestre da improvisação Steve Paxton. O coreógrafo havia reunido em 1999, em Lisboa, os participantes do festival "Danças na Cidade". Três anos depois, Paxton recruta o chamado Grupo de Lisboa para um novo espetáculo.

A série de novidades 8:tension mostra trabalhos de oito coreógrafos de todo o mundo, entre eles da japonesa Takiko Iwabuchi e de Krõõt Juurak e Meerle Saarva, da Estônia. Entre os nomes conhecidos, Michael Laub traz à capital austríaca Total Masala Slammer/Heartbreak N°5, que mistura Goethe com uma novela indiana, além de uma nova versão de Damaged Goods, que marcou a estréia internacional da norte-americana Meg Stuart em 1991.