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Filipinas têm primeira morte por coronavírus fora da China

2 de fevereiro de 2020

Chinês de 44 anos morre em Manila vítima da doença, marcando o primeiro caso entre as mais de 130 pessoas infectadas em dezenas de países além da China. Na nação asiática, mortes superam 300, e infecções chegam a 14 mil.

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Filipinos compram máscaras de proteção em loja de suprimentos médicos em Manila
Filipinos compram máscaras de proteção em loja de suprimentos médicos em ManilaFoto: Getty Images/AFP/T. Aljibe

Autoridades das Filipinas informaram neste domingo (02/02) que um homem de nacionalidade chinesa morreu no país vítima de uma pneumonia causada pelo novo coronavírus, marcando assim a primeira morte relacionada à doença fora da China, origem do surto.

Segundo o Departamento de Saúde filipino, o paciente de 44 anos era da cidade chinesa de Wuhan, na província central de Hubei, epicentro do coronavírus, e havia sido internado num hospital em Manila em 25 de janeiro com febre, tosse e dor de garganta.

Ele morreu no sábado após desenvolver uma grave pneumonia. Nos últimos dias, "o paciente estava estável e mostrou sinais de melhora, mas sua condição se deteriorou nas últimas 24 horas, resultando em sua morte", informou o órgão filipino.

O homem era companheiro de uma mulher chinesa de 38 anos, também de Wuhan, que foi a primeira e única pessoa além dele a ser diagnosticada com coronavírus nas Filipinas. Ambos chegaram ao país via Hong Kong em 21 de janeiro. Ela permanece na capital filipina em isolamento hospitalar.

O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, aprovou uma proibição temporária de entrada no país de qualquer viajante, exceto cidadãos filipinos, que tenha partido da China ou de suas regiões autônomas.

Estados Unidos, Japão, Cingapura e Austrália impuseram medidas semelhantes, apesar das críticas de Pequim e de uma avaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que esses países estariam prejudicando desnecessariamente o comércio e o turismo.

A morte em Manila é a primeira a ser registrada entre os mais de 130 casos de infecção confirmados em mais de 20 países fora da China continental, entre eles a Alemanha. No Brasil, o Ministério da Saúde identificou 16 casos suspeitos, mas não confirmou nenhum.

Em território chinês, o número de mortes chegou a 304 na noite deste sábado, enquanto o número de pessoas infectadas saltou para 14.380, após um recorde de 2.590 novas infecções em apenas um dia, informou a Comissão Nacional de Saúde do país.

A China tem enfrentado um isolamento crescente enquanto outros países impõem tais restrições de viagem e fecham suas fronteiras, companhias aéreas suspendem voos e governos de vários Estados retiram seus cidadãos do território chinês, o que ameaça piorar a desaceleração da segunda maior economia do mundo.

O banco central chinês prometeu fornecer apoio monetário e de crédito para companhias que estejam passando por dificuldades devido ao coronavírus.

Também neste domingo, a imprensa estatal informou que foi finalizada a construção de um dos dois hospitais anunciados em Wuhan para o tratamento de infectados pelo novo vírus. Huoshenshan, um hospital com mil leitos, foi construído em apenas oito dias e poderá receber pacientes a partir desta segunda-feira, segundo a mídia chinesa.

As primeiras infecções pelo vírus, batizado de 2019-nCoV, foram detectadas na cidade chinesa de Wuhan em dezembro do ano passado e remontam a um mercado de animais selvagens e peixes, que agora foi fechado.

O vírus pode ter sido transmitido através do contato direto entre humanos e animais, ou simplesmente pelo ar. Os sintomas são febre e cansaço, acompanhados de tosse seca e, em muitos casos, dificuldades respiratórias.

Diante da propagação rápida da doença pelo mundo, a OMS declarou na última quinta-feira que o surto do novo coronavírus é uma emergência de saúde global.

EK/ap/afp/efe/lusa/rtr

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