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SaúdeFrança

França reporta centenas de focos ativos de covid-19

20 de julho de 2020

Ministro da saúde descarta, no entanto, iminência de segunda onda da doença. País ampliou o uso obrigatório de máscaras para espaços como bancos e lojas a partir desta segunda-feira.

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Estátua diante da Torre Eiffel com máscara
Além da obrigatoriedade de máscaras, França intensificou a realização de testesFoto: Reuters/B. Tessier

O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, disse nesta segunda-feira (20/07) que existem entre 400 e 500 focos ativos de covid-19 no país.

"Observamos que há sinais preocupantes de um ressurgimento da epidemia", declarou Véran à rádio Franceinfo. No entanto, ele descartou a iminência de uma segunda onda da doença no país.

Para ajudar a controlar a propagação do coronavírus, a França expandiu a obrigatoriedade do uso de máscaras em espaços públicos fechados a partir desta segunda-feira. Quem descumprir a regra, pode pagar multa de 135 euros, o equivalente a cerca de 830 reais. A medida estava inicialmente prevista para entrar em vigor em 1° de agosto, mas foi antecipada. 

Desde 11 de maio, quando foi iniciado um processo de retomada das atividades após quase dois meses de confinamento, o uso de máscara já era obrigatório no transporte público, em cinemas, em salas de espetáculos, em museus e em restaurantes, bares e cafés quando não se está consumindo.

Agora, a proteção também é exigida em lojas, shoppings, bancos, mercados cobertos e outros espaços fechados. Em empresas, o uso só é obrigatório em áreas com circulação de público.

"Salvar vidas, proteger os mais vulneráveis, reduzir a circulação do vírus: a saúde de todos depende da nossa cidadania", escreveu o primeiro-ministro Jean Castex no Twitter no domingo.

Na França, atualmente o número de reprodução R do coronavírus está em 1,2. Isso significa que dez pessoas contaminadas infectarão, em média, outras 12. No entanto, há áreas do país com contaminação muito maior, como na Bretanha, onde o R chega a 2,6. No auge da epidemia no país, o número chegou a 3.

A Direção-Geral de Saúde da França alerta, porém, que apenas o uso de máscaras não é o suficiente para evitar a propagação da doença e orienta que sejam mantidas outras medidas de segurança, como o distanciamento e a higienização das mãos. Além disso, a recomendação é que o teletrabalho continue sendo priorizado. Ao ar livre, como em ruas, parques e praias, não há obrigatoriedade do uso de máscara. 

A França também intensificou a realização de testes: no total, há cerca de 700.000 unidades disponíveis semanalmente para uma população de 67 milhões de pessoas.

De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, a França registra quase 212 mil casos de covid-19 e mais de 30 mil mortes, sendo sexto país do mundo com mais óbitos em decorrência da doença.

No ponto mais crítico da epidemia no país, com os hospitais lotados, a França teve que contar com a ajuda de países vizinhos para receber e tratar pacientes em estado grave, como Alemanha, Áustria, Luxemburgo e Suíça. Na semana passada, durante as celebrações do Dia da Bastilha, o país reconheceu essa ajuda e teve como convidados de honra os ministros da saúde desses países. Na data, o presidente Emmanuel Macron também homenageou os profissionais que estiveram na linha de frente no combate à covid-19.

LE/afp/efe/lusa

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