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França prolonga estado de emergência

14 de novembro de 2005
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O governo francês aprovou, nesta segunda-feira (14/11), um projeto de lei que prevê prorrogar por três meses o estado de emergência em vigor no país para conter a onda de violência urbana iniciada em 27 de outubro. O toque de recolher, elemento mais importante do pacote de medidas de emergência, está sendo aplicado principalmente em relação a jovens em 40 cidades francesas.

A prorrogação, que deve vigorar a partir do dia 21, será estritamente temporária e aplicada onde for "realmente necessário e de pleno acordo com as autoridades locais", declarou o porta-voz do governo, Jean-François Copé.

O projeto de lei será analisado pela Assembléia Nacional na terça-feira. Segundo a lei do estado de emergência adotada em 1955 durante a guerra pela independência da Argélia e reativada durante a atual crise, o governo só pode aplicar essa medida de exceção durante 12 dias. O prazo expira na próxima segunda-feira (21/11). Toda prorrogação deve ser aprovada pelo Parlamento.

Nos tumultos das últimas semanas, foram incendiados em inúmeras cidades francesas até agora cerca de 8700 carros. Os prejuízos montam a mais de 240 milhões de euros, segundo seguradoras, sendo que 20 milhões de euros se referem só aos automóveis destruídos. A polícia deteve até agora 2767 pessoas; cerca de 12 mil policiais estão em ação no país todo para manter a ordem e a segurança.

Diante dos quebra-quebras permanentes, a União Européia declarou-se disposta a disponibilizar 50 milhões de euros para os subúrbios franceses. Não se trata, porém, de recursos adicionais, esclareceu um porta-voz da Comissão Européia em Bruxelas.

A França deve apenas redistribuir recursos que lhe cabem e que já foram aprovados para outras finalidades, destinando-os agora para fins concretos de saneamento nos subúrbios problemáticos. O apoio da UE foi assegurado pelo presidente da Comissão, José Manuel Barroso Durão, em encontro com o primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, no domingo à noite.