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G7 fecha plano para conter avanço global da China

12 de junho de 2021

Líderes concordam em iniciativa prevendo investimentos globais para rivalizar com Pequim no financiamento de infraestrutura em nações mais pobres e num projeto para prevenir futuras pandemias no planeta.

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Merkel e Johnson juntam os cotovelos durante cúpula do G7 na Inglaterra
Merkel e Johnson durante cúpula do G7 na InglaterraFoto: Stefan Rousseau/picture alliance/dpa

Os líderes do G7 concordaram neste sábado (12/06) no lançamento de uma iniciativa, sob liderança dos EUA, para responder o avanço da China no financiamento de infraestrutura para as nações mais pobres e num novo acordo para combater futuras pandemias.

Os sete países mais industrializados do planeta concordaram no projeto "Build back better for the world" (reconstruir melhor para o mundo), visando "responder às tremendas necessidades de infraestrutura em países de renda média e baixa".

O plano visa ser uma alternativa ao projeto chinês Nova Rota da Seda (One Belt, One Road), que pretende revitalizar a chamada Rota da Seda, modernizando a infraestrutura e as telecomunicações para melhorar a conectividade entre a Ásia e a Europa.

"Não se trata apenas de confrontar ou enfrentar a China", disse um alto funcionário dos EUA. "Trata-se de fornecer uma visão alternativa afirmativa e positiva para o mundo."

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, cujo país tem enormes investimentos na China, classificou o projeto de uma "iniciativa importante" que considera muito necessária na África, região pobre em infraestrutura. "Não podemos ficar sentados e dizer que a China vai fazê-lo, mas é a ambição do G7 ter uma agenda positiva para vários países do mundo que ainda estão atrasados", afirmou.

"Momento histórico"

Já o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, saudou a assinatura, pelos líderes do G7, da "Declaração de Carbis Bay", um acordo destinado a prevenir futuras pandemias, chamando-o de "momento histórico".

"Com este acordo, as principais democracias do mundo se comprometerão a evitar que uma pandemia global ocorra novamente, para que a devastação causada pela covid-19 não se repita", tuitou Johnson.

O G7, formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, publica formalmente o pacto neste domingo, junto com a declaração final da cúpula, contendo mais detalhes sobre a iniciativa "Build back better for the world".

"Reinício" de laços

O presidente da França, Emmanuel Macron, e o primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, tiveram uma reunião bilateral neste sábado, na qual discutiram o estado das relações entre os dois países e com a União Europeia, agravadas pelas medidas unilaterais que o Reino Unido tem adotado na imposição de controles aduaneiros na Irlanda do Norte.

No decorrer da conversa, o francês se declarou disposto a "reiniciar" o vínculo com os britânicos, segundo fontes do governo da França.

Apesar disso, ele lembrou a Johnson que este novo começo vai depender de os "britânicos respeitarem a palavra dada aos europeus e o marco definido pelos acordos do Brexit", acrescentaram as fontes.

md (EFE, AFP, Reuters)