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Encontro do G8

30 de março de 2010

Ao final de encontro no Canadá, ministros do G8 pedem que comunidade internacional tome medidas mais severas contra Irã. Grupo se reúne novamente em junho próximo.

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Chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, e ministro canadense Lawrence CannonFoto: AP

A atividade nuclear do Irã foi um dos principais temas debatidos na reunião do G8, que acabou nesta terça-feira (30/03), no Canadá.

Os ministros de Relações Exteriores que participaram do encontro pediram ações mais concretas contra o país que, acredita-se, esteja enriquecendo urânio para a construção de armas nucleares.

No texto final divulgado, os ministros pedem que a comunidade internacional tome "medidas apropriadas e rígidas" para mostrar sua posição frente ao programa nuclear conduzido por Teerã.

O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, disse que "Teerã precisa suspender suas atividades nucleares de enriquecimento e se empenhar por um diálogo pacífico."

Já o ministro alemão Guido Westerwelle disse que a luta não é só contra o Irã. "Precisamos apelar ao mundo em uníssono pela não-proliferação de armas nucleares, e não apenas ao Irã."

Contra sanções

Apesar do documento, alguns países ainda resistem a um maior rigor contra Teerã. A delegação russa, por exemplo, continua defendendo o diálogo. E a China, que não faz parte do G8 mas atua no grupo consultivo, tende a desfavorecer as sanções.

O Brasil, que faz parte do G20, tenta agir como ator nesse cenário e promover o diálogo entre o governo iraniano e a comunidade internacional, na tentativa de estimular um acordo pacífico.

O Irã já sofre três sanções impostas pelas Nações Unidas por sua recusa em acatar as exigências internacionais a respeito de seu programa nuclear.

Outros assuntos

O Afeganistão também foi debatido pelos ministros do G8, que pediram ao presidente Hamid Karzai um empenho maior no combate ao narcotráfico e à corrupção.

"A violência de extremistas em algumas partes do Afeganistão priva muitos afegãos do direito à liberdade e segurança", afirma o documento divulgado ao fim do encontro.

Os ministros também fizeram pressão para que Karzai conduza a reforma política no país e assegure que as eleições parlamentares de setembro próximo transcorram de forma justa.

O encontro entre os ministros dos Estados Unidos, Canadá, Rússia, Japão, França, Itália e Reino Unido antecede a reunião da cúpula dos mesmos países marcada para junho, que também será sediada no Canadá.

NP/dpa/rts
Revisão: Simone Lopes