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Gabinete aprova taxa para embalagens descartáveis

(ns)21 de março de 2002

A medida visa incentivar o uso de garrafas de vidro e embalagens reutilizáveis, menos prejudiciais ao meio ambiente. Sua quota diminuiu nos últimos dez anos na Alemanha.

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Latas vazias jogadas no chão, cena cada vez mais frequente na AlemanhaFoto: AP

A partir de 1º de janeiro de 2003, os consumidores terão que pagar pelas embalagens descartáveis de refrigerantes, cerveja e água mineral na Alemanha: 25 centavos de euro por lata e garrafas de até 1,5 litro e 50 centavos por embalagens maiores. O dinheiro será devolvido na entrega do recipiente no supermercado, tal como acontece com os cascos de vidro. A nova regra não será válida para embalagens de sucos, leite e vinho.

A medida foi aprovada pelo gabinete federal, em Berlim, nesta quarta-feira (20), a fim de garantir a subsistência do sistema de garrafas de vidro reutilizáveis, mais benéfico ao meio ambiente. Ela estava ameaçada devido ao aumento do uso de embalagens descartáveis.

Diminuíram embalagens de vidro

- Segundo o ministro do Meio Ambiente, Jürgen Trittin, a regulamentação já estava prevista na lei de embalagens de 1991 para o caso de a produção de embalagens de vidro que valem casco diminuísse para menos de 72% do mercado de bebidas.

Essa quota estava em 63,8% no início de 2001, com tendência a cair ainda mais. No caso da água mineral, o uso de garrafas de vidro com casco diminuiu 13% desde 1991, e no da cerveja, cerca de 10%.

O ministro acusou os fabricantes de bebidas e as cadeias de supermercados de haverem forçado o uso de embalagens one way, que acabam sendo jogadas nas ruas das cidades ou poluindo o meio ambiente.

Comércio protesta e ameaça

- O comércio protestou com veemência, alegando custos da ordem de 1,3 bilhão de euros para instalar máquinas automáticas de devolução e custos anuais de 750 milhões de euros. Em declaração conjunta, as grandes redes de supermercados Aldi, Rewe, Tengelmann, Spar e Metro ameaçaram "aumentar nitidamente os preços dos alimentos".

O ministro considerou exagerados os cálculos e que a devolução custaria apenas 135 milhões de euros por ano. Trittin recebeu o apoio das grandes associações do comércio atacadista e varejista de bebidas, da federação das cervejarias e várias ONGs da área ambiental.