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Gazprom inicia construção de gasoduto TurkStream

Chase Winter md
8 de maio de 2017

Empresa russa inicia obra que vai transportar gás para mercado europeu através do Mar Negro e da Turquia. Com projeto, Moscou quer diminuir sua dependência da Ucrânia.

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Navio constrói gasoduto
Navio da empresa suíça Allseas usado na construção de gasodutosFoto: picture-alliance/dpa/Allseas

A empresa de energia russa Gazprom afirmou neste domingo (07/05) que iniciou a construção de um gasoduto sob o Mar Negro para a Turquia, visando fornecer gás natural também à União Europeia (UE).

A Gazprom comunicou que o navio Audace, de seu parceiro suíço Allseas Group, começou a instalar o gasoduto na costa russa do Mar Negro. "Até o final de 2019, nossos consumidores turcos e europeus terão uma nova e confiável fonte de importação de gás da Rússia", disse Alexey Miller, presidente do comitê gestor da Gazprom.

O presidente russo, Vladimir Putin, apresentou o projeto TurkStream em 2014, depois que planos para construir um gasoduto sob o Mar Negro para a Bulgária, conhecido como South Stream, fracassaram devido à pressão da UE, durante a crise ucraniana.

O projeto foi posteriormente suspenso depois que a Turquia derrubou um jato russo nas proximidades da fronteira com a Síria, provocando uma crise diplomática entre os dois países. O plano foi retomado depois que os dois governos colocaram de lado parte de suas discordâncias, em outubro do ano passado.

O TurkStream vai partir das proximidades de Anapa, no sul da Rússia, seguindo sob o Mar Negro até o noroeste da Turquia. Uma linha de alimentação planejada para a Grécia levaria gás para o sul e o sudeste da Europa. Serão construídas duas linhas, com capacidade anual de 15,75 bilhões de metros cúbicos.

Para a Rússia, que já é o maior fornecedor de gás da Turquia, o gasoduto permitirá reduzir a dependência da Ucrânia e do Leste Europeu para o transporte de gás, ao mesmo tempo em que ajudará a sedimentar o domínio do país sobre os mercados europeus de gás.

A Turquia pretende se tornar um polo de conexão energética regional de petróleo e gás vindos do Cáucaso, Ásia Central, Oriente Médio e Mediterrâneo Oriental, a fim de garantir a segurança energética nacional e cimentar a importância geoestratégica do país.