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Governo francês recua

10 de abril de 2006

Protestos e greves na França têm efeito: o governo retira a polêmica lei sobre o Contrato de Primeiro Emprego e anuncia medidas de fomento a jovens desfavorecidos.

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Protestos estudantis em MarselhaFoto: AP

Onze semanas após o início dos protestos contra a legislação que facilitaria a demissão de novos contratados, o presidente da França, Jacques Chirac, cedeu aos sindicatos.

Ele ordenou a substituição do polêmico Contrato de Primeiro Emprego (CPE) por medidas de fomento profissional a jovens desfavorecidos. A nova lei já deverá ser apresentada ao Parlamento nesta terça-feira (11/04), para ser aprovada ainda antes da Páscoa.

François Chereque, do sindicato CFDT, dispôs-se a negociações sobre o fomento a jovens. A associação de empregadores Medef pleiteou que se iniciassem amplas deliberações sobre uma reforma da formação profissional e do direito trabalhista.

O líder estudantil Karl Stoeckel considerou a decisão do governo "uma vitória histórica após uma mobilização histórica". A confederação dos estudantes conclamou à suspensão dos bloqueio nas universidades.

O primeiro-ministro Dominique de Villepin alegou que os protestos significariam um risco para a segurança dos estudantes e dos exames, justificando assim o recuo do governo.

Villepin lamentou ter sido mal interpretado, ao instituir o CPE. Agora, seria necessário implementar "um debate sem restrições com os parceiros sociais" sobre as regras para o início da vida profisional.

A nova versão da legislação trabalhista prevê subsídios a empregadores que contratarem desempregados com menos de 26 anos de idade que tenham uma formação profissional deficiente ou provenham de bairros considerados problemáticos. No primeiro ano, o subsídio será de 400 euros por mês, reduzindo-se à metade no segundo ano.