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Governo norte-americano anuncia morte de número dois da Al Qaeda

6 de junho de 2012

Washington acredita que a morte de Abu Yahya Al Libi irá limitar sensivelmente as possibilidades de a Al Qaeda cooperar com grupos aliados.

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Foto: picture-alliance/dpa

Segundo o governo norte-americano, os Estados Unidos atingiram uma de suas principais metas no combate ao terrorismo desde a morte de Osama Bin Laden, há mais de um ano. Washington confirmou a morte na última segunda-feira (04/06), no Paquistão, de Abu Yahya al Libi, supostamente o segundo homem mais poderoso da rede terrorista Al Qaeda. Sem fornecer maiores detalhes, um porta-voz da Casa Branca afirmou que a rede está chegando "mais do que nunca" a seu fim.

Informantes ligados aos militares afirmam que o ataque aéreo que matou Abu Yahya al Libi aconteceu no norte do Waziristão. Antes de sua morte, funcionários do serviço secreto paquistanês relataram 15 mortes na região. Este foi o terceiro ataque aéreo norte-americano no local nos últimos três dias.

Conhecido por mensagens em vídeo

Um dos rostos mais conhecidos da Al Qaeda, Al Libi tinha fama de ser um dos mais carismáticos líderes da Al Qaeda. Nos últimos anos, ele apareceu diversas vezes em mensagens veiculadas por vídeo. Al Libi era um dos homens de confiança de Bin Laden, sendo considerado seu possível sucessor. Al Libi teria assumido o posto de "vice" do novo líder da Al Qaeda, Ayman al Sawahiri.

De acordo com o governo norte-americano, Al Libi conduziu diversas ações da rede terrorista no interior do Paquistão, além de ter fiscalizado as relações dos braços da Al Qaeda em outras regiões do mundo. De acordo com Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, Al Libi, exerceu um papel fundamental no planejamento de ações da rede contra países ocidentais. Segundo Carney, ninguém dentro da Al Qaeda dispunha de tanta experiência em terrorismo quanto Al Libi.

Sem líderes adequados

Washington afirma que a morte do terrorista irá limitar sensivelmente as possibilidades de a Al Qaeda cooperar com os grupos aliados. Em função das grandes perdas humanas resultantes dos diversos ataques no decorrer dos últimos anos, a Al Qaeda, de acordo com o governo norte-americano, não dispõe mais de líderes capazes de substituir Al Libi à altura. Em agosto último, um ataque de mísseis norte-americanos ao norte do Waziristão já havia matado o líbio Atiyah abd al Rahman, considerado na época o número dois da rede terrorista.

Al Libi foi preso em 2002, depois da queda do talibã no Afeganistão, mas três anos mais tarde conseguiu fugir de uma penitenciária norte-americana de segurança máxima em Bagram, nas proximidades de Cabul. Ele foi declarado desde então morto por diversas vezes, mas as suposições não passaram de boatos.

O governo dos EUA prometia um milhão de dólares a quem descobrisse seu paradeiro. Em dezembro de 2009, circularam boatos falsos de que ele havia sido morto no sul do Waziristão, mas mais tarde soube-se que os relatos não procediam.

O ataque que levou à morte de Al Libi foi o 21° ataque aéreo norte-americano no Paquistão apenas neste ano. Segundo o jornal New York Times, Obama fez pessoalmente a seleção dos alvos a serem atacados.

SV/afp/dapd/dpa/rtr
Revisão: Roselaine Wandscheer