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De olho na Puma

10 de abril de 2007

Após comprar 27% do capital social do terceiro maior fabricante de artigos esportivos do mundo, o conglomerado Pinault-Printemps-Redoute anuncia oferta pública de aquisição do restante das ações.

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Jochen Zeitz: satisfeito com a oferta francesaFoto: picture-alliance /dpa

A Pinault-Printemps-Redoute, conglomerado francês focado no mercado do luxo, está se preparando para assumir o controle da alemã Puma, terceira maior fabricante de artigos esportivos do mundo.

Durante os feriados da Páscoa, os franceses adquiriram por 1,4 bilhão de euros 27,1% do capital social da Puma, que se encontrava em mãos dos acionistas Herz (herdeiros da empresa comercial alemã Tchibo).

Nesta terça-feira (10/04), o grupo anunciou em Paris que fará aos demais acionistas uma oferta pública de aquisição ao preço de 330 euros por ação. Com isso, o valor da empresa sediada em Herzogenaurach sobe a 5,3 bilhões de euros.

A diretoria da Puma "está convicta de que a PPR é o parceiro ideal", segundo seu presidente, Jochen Zeitz. Ambas as empresas se completam de maneira excelente, portanto a aquisição gerará "sinergias de natureza qualitativa", declarou.

Gucci e Yves Saint Laurent

Zeitz recomendou aos acionistas aceitar a oferta dos franceses. "Estamos certos de que essa transação amigável é o melhor para a nossa empresa e de que o preço oferecido é leal perante os acionistas da Puma." O presidente da PPR, François-Henri Pinault, por sua vez, declarou que a transação é "um marco em nossa estratégia de crescimento".

Fazem parte do portfólio do grupo francês, que faturou no ano passado quase 18 bilhões de euros, grifes como Gucci e Yves Saint Laurent. Um dos estilistas da Gucci é Alexander McQueen, que já desenhou sapatos para a Puma. Stella McCartney, que já criou moda esportiva para a Adidas, também trabalha para a grife.

Pinault garantiu que a Puma continuará existindo como empresa autônoma. E que não se planejam mudanças nos quadros da empresa nem o fechamento de filiais. As três centrais da empresa – em Herzogenaurach, Hong Kong e Boston – estariam também com sua existência garantida.

Puma, marca cobiçada

Já faz algum tempo que a Puma era considerada forte candidata a uma aquisição. Entre os interessados, figurava outra gigante do setor esportivo, a Nike.

Fundada em Herzogenaurach em 1948, a Puma tem atualmente 7800 funcionários e vende seus produtos em mais de 80 países. No ano passado, a empresa faturou 2,4 bilhões de euros. Os lucros diminuíram – entre outros motivos, por causa de investimentos na Copa do Mundo – 7,9% em relação a 2005, perfazendo 236,2 milhões de euros.

A PRP atua em 75 países, emprega 78 mil funcionários e faturou em 2006 17,9 bilhões de euros. (lk)