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Hackers russos invadem banco de dados da Wada

13 de setembro de 2016

Grupo publica registros confidenciais de atletas americanos, incluindo as irmãs tenistas Serena e Venus Williams e a ginasta Simone Biles. COI nega que atletas tenham violado regras antidoping.

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Simone Biles
Simone Biles é uma das estrelas americanas que competiram nos Jogos do RioFoto: Getty Images/A. Livesey

A Agência Mundial Antidoping (Wada) confirmou nesta terça-feira (13/09) que hackers russos violaram seu banco de dados e publicaram registros confidenciais de atletas americanos. Este é o segundo ataque cibernético contra a organização desde o início de agosto.

Em comunicado, a Wada disse que o grupo de hackers russos Tsar Team (APT28), também conhecido por Fancy Bear, invadiu o banco de dados do Sistema de Gerenciamento e Administração Antidoping (Adams).

"A Wada lamenta profundamente essa situação e está ciente da ameaça que ela representa aos atletas, cujas informações confidenciais foram divulgadas por meio de um ato criminoso", disse o diretor-geral da agência, Olivier Niggli. "A Wada condena esses ataques cibernéticos que estão sendo executados numa tentativa de minar a agência e o sistema global antidoping."

O grupo Fancy Bear publicou uma série de documentos relativos a atletas que detalham casos de "descobertas analíticas adversas" (AAF's) ou o uso de "autorizações de utilização terapêutica" (TUE's).

AAF significa que uma substância listada como proibida pela Wada foi encontrada num atleta, mas não foi classificada como uma violação das normas de antidoping porque o uso foi legitimado por questões médicas. Já as TUE's são concedidas a atletas que sofrem de uma doença ou lesão que requer tratamento com medicamentos incluídos na lista de substâncias dopantes da Wada.

Entre os atletas atingidos há quatro americanas que competiram nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, incluindo uma vencedora de medalhas de ouro: as irmãs tenistas Serena e Venus Williams, a jogadora de basquete Elena Delle Donne e a ginasta multicampeã Simone Biles.

Uma porta-voz do Comitê Olímpico Internacional (COI) criticou a invasão, afirmando que nenhum dos atletas violou as regras antidoping. "O COI condena veemente tais métodos, que visam claramente manchar a reputação dos atletas limpos", disse. "O COI pode confirmar que os atletas mencionados não violaram qualquer regra durante os Jogos Olímpicos Rio 2016."

No mês passado, a Wada havia confirmado que o arquivo da atleta russa Yuliya Stepanova, responsável por trazer à tona o escândalo estatal de doping na Rússia que levou ao banimento de dezenas de atletas nos Jogos do Rio de Janeiro, tinha sido acessado por hackers. Após a invasão, Stepanova, que vive escondida nos Estados Unidos, afirmou temer por sua vida.

PV/ap/afp/ots