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Hollande diz que eleições no leste da Ucrânia serão adiadas

2 de outubro de 2015

Com adiamento, processo de paz na Ucrânia não será concluído neste ano, como previsto em Acordo de Minsk. Decisão foi anunciada após reunião entre líderes da França, Alemanha, Rússia e Ucrânia.

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Foto: Reuters/M. Palinchak

O presidente francês, François Hollande, anunciou nesta sexta-feira (02/10) que as eleições nas regiões separatistas no leste ucraniano, programadas para acontecer em 18 de outubro, serão adiadas. Com o adiamento de um dos tópicos do Acordo de Minsk, o processo de paz na Ucrânia não será concluído até o final deste ano, como previsto no tratado.

O anúncio foi feito após a cúpula sobre a crise na Ucrânia, realizada em Paris, que reuniu, além de Hollande, os presidentes russo, Vladimir Putin, ucraniano, Petro Poroshenko, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel.

Hollande afirmou que é preciso mais tempo para organizar eleições que cumpram padrões internacionais. "Nós não queremos eleições em territórios do leste da Ucrânia em condições que não respeitem Minsk", disse o presidente francês, acrescentando que, para isso, são necessários mais três meses de organização.

"Nós iríamos além da data definida para o fim de Minsk, que é 31 de dezembro de 2015", disse Hollande. O acordo de Minsk é um roteiro de paz para o leste da Ucrânia e foi assinado em fevereiro, entre o grupo de contato para a Ucrânia – formado por representantes de Kiev, Moscou e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) – e representantes dos separatistas pró-Rússia.

O tratado visava regulamentar o processo de paz no país até o fim deste ano, porém, algumas das medidas previstas no documento ainda não foram plenamente cumpridas, como o cessar-fogo.

Hollande disse, no entanto, que, atualmente, o cessar-fogo está sendo respeitado amplamente e anunciou uma reunião entre os ministros do Exterior da França, Rússia, Ucrânia e Alemanha, no início de novembro, para tratarem de progressos no Acordo de Minsk.

Avanço após encontro

A chanceler federal da Alemanha afirmou que houve avanços na cúpula em Paris. "Ambos os lados se aproximaram", disse Merkel e acrescentou que Putin aceitou que as eleições programadas na região de conflito sejam regidas pelas leis ucranianas.

Merkel também descartou concessões em relação à Ucrânia em troca do apoio de Moscou para uma solução diplomática do conflito sírio. "Para nós, a questão da Síria não está relacionada à questão de Minsk. Uma coisa não tem nada a ver com a outra", ressaltou.

Apesar dos avanços, o presidente ucraniano disse, após a cúpula, que sente um "otimismo cauteloso" sobre as negociações. Poroshenko afirmou que o conflito só terminará quando "o último pedaço do território da Ucrânia for libertado".

CN/rtr/dpa