Homem vive décadas isolado na casa dos pais
5 de outubro de 2016
Depois da descoberta de um homem de 43 anos que permaneceu por volta de 30 anos isolado na casa de seus pais em Hollfeld, perto de Bayreuth, no norte do estado alemão da Baviera, a polícia local afirmou nesta quarta-feira (05/10) que ele se encontra agora em terapia. "Seu estado corresponde às circunstâncias, ele está sendo cuidado por pessoal especializado", declararam as autoridades.
O homem foi levado ao hospital municipal pela polícia. "Até segunda ordem, a terapia será realizada em nossas instalações por uma equipe especializada de médicos, terapeutas e cuidadores", afirmou o porta-voz da prefeitura.
Segundo a polícia local, o homem frequentou o ensino fundamental e, posteriormente, viveu décadas isolado na casa dos pais no bairro de Freienfels. "Em certo momento, ele foi considerado inapto para a escola", disseram os policiais, informando que isso aconteceu quando ele tinha por volta de 13 anos. No final de setembro, ele foi resgatado pelas autoridades após uma denúncia.
Pelo que se sabe até agora, o homem podia se movimentar livremente dentro de casa. Quando foi resgatado, no fim de setembro, ele não se encontrava algemado ou amarrado e não quis, inicialmente, ser levado pela equipe de resgate. "Ele dava a impressão de se sentir bem na casa de seus pais", declarou um porta-voz da polícia, acrescentando que não foi preciso usar violência: "Pudemos resolver tudo de forma comunicativa".
De acordo com o porta-voz, o estado do homem era de abandono, mas ele não estava subnutrido. A polícia não soube informar se ele foi mantido na casa dos pais contra a sua vontade ou se tinha a possibilidade de deixar a habitação, mas preferiu não fazê-lo. Mesmo assim, os pais – segundo a polícia, ambos com "cerca de 80 anos" – enfrentam agora um processo de agressão por omissão e possível cárcere privado.
Os próprios policiais não quiseram falar de uma "libertação" do homem. As autoridades acreditam que se trata de uma tragédia familiar e não de um caso criminal, disse o porta-voz.
CA/dpa/ots