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Impeachment de Bolsonaro tem apoio de 49% dos brasileiros

15 de maio de 2021

Segundo Datafolha, é a primeira vez que parcela a favor do afastamento aparece numericamente à frente. Outras pesquisas ao longo da semana também apontaram erosão no apoio ao presidente.

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Brasilien Präsident Jair Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/PR

Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (15/05) aponta que 49% dos brasileiros apoiam o afastamento do presidente Jair Bolsonaro por meio de um processo de impeachment. Outros 46% são contra.

Segundo o instituto, os números representam um empate técnico, mas essa é a primeira vez que a parcela favorável ao impeachment supera numericamente a fatia dos brasileiros contrários ao afastamento. Em março, pesquisa do mesmo instituto apontou que 46% eram favoráveis ao impeachment e 50% manifestavam posição contrária.

Segundo o Datafolha, o apoio ao impeachment é maior entre jovens de 16 a 24 anos (57%), moradores do Nordeste (57%), desempregados que procuram emprego (62%) e entrevistados que dizem ter muito medo do coronavírus (60%).

Já a reprovação ao impeachment chega a 52% entre homens e no Sul do país. Já a rejeição chega a 60% entre entrevistados que dizem não ter medo do coronavírus, 57% entre evangélicos e 56% entre assalariados registrados.

O Datafolha ouviu 2.071 pessoas na terça (11/05) e na quarta-feira (12/05) presencialmente. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A nova pesquisa reflete outros levantamentos que apontam uma constante perda de apoio do presidente. Nesta semana, o Datafolha já havia revelado que apenas 24% dos brasileiros aprovam a gestão de Bolsonaro.

O presidente também apareceu bem atrás de Luiz Inácio Lula da Silva numa pesquisa que traçou cenários para a disputa presidencial de 2022, aparecendo com apenas 23% das intenções de voto no primeiro turno, contra 41% do petista.

O resultado desfavorável a Bolsonaro também ocorre num momento de crise econômica, sanitária e política, com o governo sendo acusado de incompetência e má gestão da pandemia, que já provocou a morte de 430 mil brasileiros.

jps (ots)