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Declaração de Berlim

(gh)26 de março de 2007

Não só nos altos escalões políticos de algumas capitais européias há um grande número de "eurocéticos". Os principais jornais do continente também não acreditam muito nas intenções expressas na Declaração de Berlim.

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Editorialistas criticam Declaração de Berlim

Boa parte da imprensa européia reagiu com ceticismo à Declaração de Berlim, assinada neste domingo (25/03) na capital alemã. Os editorialistas criticaram a falta de conteúdo do documento.

El Mundo (Espanha)
"Eram grandes as expectativas em torno da Declaração de Berlim, iniciada pela chanceler federal alemã, Angela Merkel. Mas ela não contém nada além de uma relação de belos princípios sem conseqüência prática."

La Stampa (Itália)
"O tom [da Declaração] é tão aprazível que soa quase adulatório, os conteúdos são tão vagos que parecem completamente difusos."

La Repubblica (Itália)
"A Declaração de Merkel tem grandes objetivos. Angela voa como um anjo sobre Berlim. Mas as palavras não podem esconder as dificuldades e, sozinhas, dificilmente conseguirão arrancar a União Européia de sua crise de auto-estima."

The Times (Reino Unido)
"A meta era levar em conta as hesitações do Reino Unido e da Holanda, que consideram morta a Constituição. Igualmente foi evitada uma briga sobre a herança cristã da Europa, que a Polônia queria ver mencionada. Na declaração não são mencionadas a Constituição, a polêmica questão da religião ou a futura ampliação."

The Independent (Reino Unido)
"Silenciosamente, Merkel aproveitou a presidência alemã para colocar novamente na ordem do dia a idéia de um tratado Constitucional."

La Croix (França)
"O que falta à União Européia não será resolvido pela conclamação de Berlim, uma espécie de programa mínimo até 2009. A política dos pequenos passos, que acompanhou os 50 anos de integração européia e garantiu seu sucesso até agora, se esgotou. São necessárias novas energias."

Le Soir (Bélgica)
"A Declaração não foi assinada pelos 27 chefes de Estado e de governo da EU. Trata-se, portanto, apenas de uma Declaração e não de um tratado, obrigatório para todos os 27."

Frankfurter Allgemeine Zeitung (Alemanha)
"A senhora Merkel desfruta de muita confiança na Europa e se espera ainda mais de sua capacidade de liderança. Mas ela não pode esperar que o projeto do 'tratado básico europeu' – já não se fala mais em Constituição – se concretize por si nos três meses restantes da presidência alemã e desemboque num claro cronograma para 2009."