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A caminho do caos

28 de dezembro de 2007

O futuro da democracia no Paquistão é um dos temas que preocupam os articulistas que comentam o assassinato de Benazir Bhutto. Muitos concordam em que o país será uma das grandes fontes de preocupação em 2008.

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O assassinato da líder paquistanesa representa um perigo para o mundo, dizem articulistasFoto: AP

Le Figaro (França): Uma das principais preocupações do mundo em 2008

"Armada apenas com sua coragem física e a força de suas convicções, Benazir Bhutto queria salvar seus compatriotas do extremismo. Quem poderá levar sua luta adiante neste país em que a insegurança se aninhou? O Paquistão parece ter sido atingido em seu âmago. O regime do presidente Musharraf, já debilitado de uns meses para cá, será responsabilizado pelo agravamento da situação. [...] Em tempos em que o Talibã reforça sua presença no Afeganistão e em que o vizinho Irã continua sendo uma ameaça, o Paquistão se tornará uma das principais preocupações do mundo no ano de 2008."

Tages-Anzeiger (Suíça): Processo democrático também é vítima

"O assassinato decepa o partido de Bhutto, que é tido como o mais popular do país mas não tem outra figura de liderança além dela. Outra vítima é o processo de democratização, que deveria conduzir à eleição de um novo Parlamento em janeiro, após meses de crise."

Times (Reino Unido): Democracia deve vencer o extremismo assassino

"Caos e violência não são uma demonstração adequada de apreço à líder perdida do Paquistão. Bhutto era patriota e pragmática. [...] Ela será lembrada como modernizadora. Não pode haver um Paquistão moderno sem democracia. [...] O assassinato tinha o objetivo de destruir o direito do Paquistão a uma eleição livre. A fim de honrar a Bhutto, o Paquistão precisa mostrar que a democracia sempre vencerá o extremismo assassino."

Libération (França): Única alternativa democrática, laica e burguesa

"O assassinato de Bhutto é uma escalada dramática. Ele põe em risco a existência desse Estado que, 60 anos após sua fundação, ainda tem problemas com sua identidade e com sua estabilidade. Apesar de suas limitações, apesar da corrupção em sua família rica e feudal, Benazir parecia ser a única alternativa democrática, laica e burguesa ao altamente brutal Pervez Musharraf."

Corriere della Sera (Itália): Paquistão continua sendo uma bomba-relógio

"Um Paquistão desestabilizado não teria a força para combater a Al Qaeda e o Talibã nas regiões além das fronteiras com o Afeganistão. Pior ainda é que existiria o perigo de que suas armas nucleares caíssem nas mãos erradas. O preço do caos é alto [...] O Paquistão continuará, mais do que nunca, sendo uma bomba-relógio. Uma bomba-relógio nuclear."

The Guardian (Reino Unido): Perigo não apenas para o Paquistão

"O assassinato da líder oposicionista Benazir Bhutto foi tão terrível quanto previsível. Ela era uma democrata carismática e corajosa – apesar de todas as suas falhas. Sua morte representa um grande perigo não apenas para o Paquistão como para todo o mundo."

Dagens Nyheter (Suécia): Paquistão caminha para o caos

"O assassinato de Benazir Bhutto confirma um quadro extremamente sombrio do Paquistão. Pode-se imaginar para o futuro cenários ainda piores. O atentado suicida não chegou inesperadamente, o que é terrível. Não foi o primeiro contra um político de destaque, nem o primeiro contra Bhutto. Sua morte mostra apenas como é perigoso atuar como político neste país. Confirma que o rumo do Paquistão aponta para o caos [...]."

Kölnische Rundschau (Alemanha): A perda de uma portadora de esperança

"Com Benazir Bhutto, o Paquistão e o Ocidente perdem uma portadora de esperança. Mesmo que a líder partidária e ex-primeira-ministra não fosse uma 'democrata de alto quilate', ela era vista por muitos, com razão, como uma política disposta a combater o extremismo islâmico. Mas foi justamente essa esperança que fez dela um alvo para os extremistas."

Kieler Nachrichten (Alemanha): Potência atômica virou trem fantasma

"O assassinato de Benazir Bhutto destruiu todas as esperanças de um recomeço político no Paquistão. [...] A potência atômica transforma-se cada vez mais num trem fantasma. E num altamente explosivo, por cima. Até agora, Washington apoiou Musharraf com o argumento de que ele é uma garantia de que as armas atômicas do Paquistão pelo menos não caiam nas mãos de extremistas. Agora isto agora se mostre como ilusão." (lk)

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