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Inspetores afirmam que Síria usou gás cloro contra civis

7 de janeiro de 2015

A partir de relatos e registros de testemunhas, Organização para a Proibição de Armas Químicas fornece evidências de ataques que teriam matado 13 pessoas. ONU responsabiliza regime sírio.

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Mulher afetada pelo que ativistas dizem ter sido um ataque com gás a Kafr Zita, em abril de 2014Foto: Reuters

Investigadores concluíram "com um alto grau de confiabilidade" que gás cloro foi usado como arma contra civis na Síria, afetando entre 350 e 500 pessoas e matando 13, segundo um relatório divulgado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) nesta terça-feira (06/01).

O documento de 17 páginas elaborado pela organização internacional inclui relatos de testemunhas sobre helicópteros que teriam jogado bombas com químicos tóxicos. A constatação confirma informações divulgadas em dois relatórios anteriores da Opaq.

"Trinta e duas testemunhas ouviram o barulho de helicópteros enquanto bombas caíam; 29 sentiram o cheiro de cloro", disse Samantha Power, embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, após uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da ONU para discutir a destruição de armas químicas na Síria.

O terceiro relatório da Opaq não menciona quem usou as armas químicas, mas Power afirma haver evidências de que o governo sírio atacou seus cidadãos diversas vezes. "Somente o regime sírio usa helicópteros", disse a embaixadora.

Além de fotos de supostas bombas de cloro, o relatório contém uma imagem de um vídeo gravado por uma testemunha no momento dos ataques, mostrando uma nuvem amarela com cerca de 50 metros de altura após o impacto de um barril com químicos tóxicos.

Cerca de 20 ataques teriam ocorrido nas vilas de Talmanes, Al Tamanah e Kafr Zita, a maior parte deles em abril e maio de 2014 e o mais recente em agosto do ano passado.

Os esforços internacionais para acabar com o programa de armas químicas da Síria começaram após um ataque com gás sarin, em agosto de 2013, que matou centenas de civis num subúrbio de Damasco. O governo de Bashar al-Assad e forças rebeldes culparam-se mutuamente por esse e outros ataques. Damasco se uniu à Opaq após os EUA ameaçarem fazer uma intervenção militar no país.

LPF/rtr/ap