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Irã e potênciais mundiais chegam a acordo sobre programa nuclear

24 de novembro de 2013

Acerto prevê que Irã reduza seu enriquecimento de urânio a uma taxa de 5%. Em troca, as sanções contra o país deve devem ser relaxadas.

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Foto: Reuters

Após anos de negociações, as cinco potências com poder de veto Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha chegaram na madrugada deste domingo (24/11), em Genebra, na Suíça, a um acordo sobre o programa atômico do Irã.

O acerto prevê, conforme informações dos Estados Unidos, entre outras coisas, que o Irã reduza seu enriquecimento de urânio a uma taxa de 5%, o suficiente para o uso civil. Teerã também se comprometeu a não expandir as centrais nucleares de Fordo e Natanz e a suspender a construção do reator de Arak, onde se poderia produzir plutônio. Em troca, as sanções contra o país devem ser relaxadas.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, adiantou que serão implementados mecanismos de controle "sem precedentes" do programa nuclear iraniano, com "acessos diários" de inspeções a todas as instalações nucleares do país.

"Isto garantirá que o programa será submetido a mecanismos de vigilância que a comunidade internacional jamais teve antes", reforçou Kerry.

Controle total

Segundo o ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov, a Agência Internacional de Energia Atômica terá um controle total sobre o programa nuclear iraniano, no âmbito do acordo. Seu homólogo iraniano, Javad Zarif, adiantou que uma comissão conjunta (com as grandes potências) irá verificar sua implementação.

O tratado foi anunciado através de um comunicado conjunto, lido na ONU em Genebra pela chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, acompanhada de todos os ministros envolvidos nas negociações, iniciadas na quarta-feira. "Alcançamos um acordo sobre um plano de ação", disse Ashton, que foi aplaudida pelos jornalistas iranianos presentes.

Este acordo entre o Irã e Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido, China e Alemanha representa um momento histórico na diplomacia recente e prevê a primeira paralisação do desenvolvimento do programa nuclear iraniano na última década.

MD/lusa/afp