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Irã inicia manobras militares no Golfo Pérsico

22 de fevereiro de 2019

Em exercícios com mais de cem navios, país vai testar submarino e mísseis de fabricação própria. Agência da ONU diz que Teerã continua respeitando os termos do acordo nuclear de 2015, apesar das sanções dos EUA.

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Exercícios militares iranianos no Golfo Pérsico visam preparar o país para uma variedade de ameaças
Exercícios militares no Golfo Pérsico visam preparar o país para uma variedade de ameaças, diz TeerãFoto: FARS

O Irã iniciou nesta sexta-feira (22/02) exercícios militares no Golfo Pérsico, que contarão com os primeiros lançamentos de mísseis de cruzeiro a partir de um submarino fabricado no país.

Durante três dias, mais de cem navios participam das manobras em uma ampla área que vai do Estreito de Ormuz até o Oceano Índico, segundo informou a agência estatal de notícias iraniana Irna.

"Os exercícios cobrirão uma variedade de ameaças, testes de armas e avaliações sobre a prontidão de nossos equipamentos e do nosso pessoal", afirmou o almirante Hossein Khanzadi, comandante da Marinha iraniana.

"Serão realizados lançamentos de mísseis submarinos, [...] além de helicópteros e drones a partir do convés do destróier Sahand", acrescentou Khanzadi.

A imprensa estatal informou que o Irã vai testar seu novo submarino Fateh ("conquistador"), armado com mísseis de cruzeiro e que foi apresentado na semana passada.

No passado, autoridades iranianas ameaçaram bloquear o Estreito de Ormuz, uma importante rota marítima de petróleo, em retaliação a possíveis ações hostis dos Estados Unidos, incluindo medidas para reduzir a importação de petróleo iraniano através de sanções.

Em maio do ano passado, o presidente americano, Donald Trump, retirou seu país do acordo nuclear com o Irã, que previa o alívio das sanções ao país em troca da suspensão de seu programa nuclear.

À época, o líder americano alegou falhas no tratado histórico, assinado em 2015 pelo então presidente Barack Obama e pelos governos de China, Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e União Europeia.

Segundo Trump, o acordo não evitaria o desenvolvimento de mísseis balísticos pelo Irã e não impediria o envolvimento do país na Síria, Iêmen, Líbano e Iraque. O abandono do tratado voltou a agravar as tensões entre Teerã e Washington, que restabeleceu pesadas sanções econômicas ao país do Oriente Médio.

Um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ao qual a imprensa teve acesso nesta sexta-feira, afirma que o Irã se mantém dentro dos limites estipulados no acordo de 2015 para suas atividades nucleares, mesmo após a reimposição das sanções econômicas pelos EUA.

A avaliação dos especialistas da agência da ONU é de que as atividades do país se mantêm dentro dos níveis que não permitem o enriquecimento ou armazenamento de urânio.

RC/rtr/ap

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