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Israel planeja estação de trem com nome de Trump

27 de dezembro de 2017

Parada deve ser construída no centro antigo de Jerusalém, perto do Muro das Lamentações. Ministro israelense diz que medida é agradecimento ao presidente americano por reconhecer cidade como capital do país.

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Trump no Muro das Lamentações, durante visita a Jerusalém em maio passado
Trump no Muro das Lamentações, durante visita a Jerusalém em maio passadoFoto: Getty Images/AFP/R. Zvulun

Israel planeja batizar com o nome do presidente americano, Donald Trump, uma estação de trem planejada para ser construída no centro antigo de Jerusalém, junto ao Muro das Lamentações, bem no meio da área que os palestinos querem para abrigar sua futura capital.

O ministro dos Transportes do país, Israel Katz, afirmou nesta quarta-feira (27/12) que esse é um gesto de agradecimento a Trump, por "sua corajosa e histórica decisão de reconhecer Jerusalém como capital do Estado de Israel".

Leia também: O que está por trás da decisão de Trump sobre Jerusalém?

A "Donald John Trump Station" será parte do prolongamento de uma nova linha de trem de alta velocidade, que ligará Tel Aviv a Jerusalém em apenas 28 minutos. A extensão subterrânea prevista ainda está em fase de projeto e uma porta-voz do Ministério dos Transportes israelense afirmou que outros departamentos ainda precisavam aprová-la.

O anúncio foi rapidamente condenado por palestinos. "O governo extremista israelense está tentando correr contra o tempo para impor fatos no terreno da cidade de Jerusalém", afirmou Wasel Abu Youssef, membro do comitê executivo da Organização para Libertação da Palestina.

Segundo Arye Shalicar, assistente de Katz, a inauguração da Trump Station deve ocorrer dentro de até cinco anos. O trecho entre Tel Aviv e Jerusalémm, cuja construção é orçada em cerca de 1,7 bilhões de euros, deve estar pronto em março próximo.

O prolongamento até o Muro das Lamentações deve incluir um túnel de três quilômetros de extensão e possuir estações em mais de 50 metros de profundidade. Os custos do prolongamento são avaliados em cerca de 600 milhões de euros.

Trump havia afirmado que simplesmente reconheceu a realidade ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Mas os palestinos e a maioria dos governos do mundo afirmaram que, com a medida, ele minou a posição internacionalmente defendida há tempos de que o status de Jerusalém deve ser resolvido por negociações.

MD/lusa/dpa/rtr

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