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Israel restringe entrada de palestinos no Monte do Templo

28 de julho de 2017

Homens menores de 50 anos são vetados de acessar complexo sagrado em Jerusalém. Local vem sendo palco de confrontos nos últimos dias, o que fez com que uma série de medidas de segurança especiais fossem implementadas.

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Israel reforçou segurança dentro do Monte Templo, complexo sagrado para muçulmanos e judeusFoto: Reuters/R.Zvulun

O governo de Israel proibiu a entrada de palestinos com idade abaixo dos 50 anos no Monte do Templo, em Jerusalém Oriental, nesta sexta-feira (28/07). O motivo é evitar novos confrontos entre fieis e forças de segurança no recinto sagrado, que tem sido palco de embates.

"Só se permitirá [o acesso] a homens maiores de 50 anos e mulheres de todas as idades", declarou a polícia num comunicado.

Leia mais: Monte do Templo sintetiza conflito entre israelenses e palestinos

As orações de sexta-feira são o momento mais importante da semana religiosa muçulmana. Milhares de muçulmanos de Israel e da Palestina se deslocam ao complexo na Cidade Velha para rezar. Nesta sexta, cerca de 10 mil pessoas fizeram orações no local e não houve registro de violência. 

O complexo sagrado estava com acesso restrito desde o último dia 14, quando dois policias israelenses foram mortos por três agressores árabe-israelenses, que foram executados por forças de segurança.

Devido ao atentado, Israel fechou temporariamente o Monte do Templo. No dia 15, o governo anunciou que o local seria reaberto, mas com dispositivos de segurança, como detectores de metais e câmeras, nos portões de acesso.

No dia 21, a polícia de Israel bloqueou a Cidade Antiga de Jerusalém, onde fica o Monte do Templo, para homens com menos de 50 anos. Protestos de grande escala aconteceram ao redor da Cidade Antiga e na Cisjordânia, com registro de confrontos entre forças de segurança e manifestantes.

No dia 25, temendo que a violência aumentasse ainda mais e em meio à forte pressão internacional, o governo de Israel decidiu retirar os detectores de metal e as câmeras de segurança dos portões de entrada do Monte do Templo.

A retirada foi concluída nesta quinta-feira, quando mais de cem palestinos e um policial israelense ficaram feridos em confrontos depois que milhares de palestinos se dirigiram ao Monte do Templo para rezar.

O local, que também é conhecido como Esplanada das Mesquitas, é sagrado tanto para muçulmanos quanto para judeus. A polícia diz que palestinos começaram a atirar pedras e revidou com balas de borracha e gás lacrimogêneo.

A medida para restringir o acesso de pessoas com menos de 50 anos foi tomada nesta sexta-feira depois de a polícia descobrir que um grupo de palestinos se escondeu na mesquita Al Aqsa, planejando uma manifestação para esta sexta-feira. Eles foram retirados do local.

"A polícia tirou da área as pessoas que planejavam passar a noite na mesquita de Al Aqsa e participar das manifestações no Monte do Templo hoje", disse em comunicado o porta-voz policial, Micky Rosenfeld.

O governo de Israel enviou reforço policial a Jerusalém Oriental e limitou o tráfego nas vias ao redor da Cidade Velha.

KG/efe/dpa/lusa