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Itália pode garantir vaga nas oitavas diante dos EUA

(gh)17 de junho de 2006

Depois da vitória sobre Gana na estréia, tricampeões mundiais italianos têm boas perspectivas para assegurar classificação antecipada à próxima fase do Mundial.

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Técnico italiano Marcello Lippi: 'EUA não podem ser subestimados'Foto: AP

A squadra azzurra tenta abafar com bons resultados na Copa os escândalos de corrupção envolvendo o campeonato italiano, o que não deverá ser tarefa difícil neste sábado contra os EUA (às 21h – 16h de Brasília), em Kaiserslautern, em jogo válido pelo grupo E.

Vencedora dos quatro confrontos que teve até hoje com os EUA e com o 2 a 0 sobre Gana nas costas, a Itália pode garantir a passagem antecipada às oitavas-de-final, fase em que na Copa de 2002 fez vexame e foi eliminada pelos sul-coreanos.

Apesar do favoritismo indiscutível, o técnico Marcello Lippi advertiu seus jogadores. "Um dos erros que poderíamos cometer é subestimar os EUA apenas por terem perdido por 3 a 0, até porque os tchecos tiveram a sorte de conseguir um gol rapidamente e levarem uma bola na trave que poderia ter deixado o jogo bem diferente."

Lippi evita falar das oitavas-de-final, mesmo sabendo que é grande a possibilidade de um confronto com o Brasil. Neste sábado, ele deverá contar com o retorno do lateral-direito Zambrotta e do volante Gattuso, que faltaram na última segunda-feira, por problemas de contusões.

Para os italianos, os jogadores norte-americanos são ilustres desconhecidos. Talvez isso tenha levado o técnico dos EUA, Bruce Arena, de origem italiana a ironizar: "Os italianos estão acostumados a escândalos, mas apesar disso jogam bem. Talvez nós também precisemos de um escândalo."

Pelos menos um pequeno escândalo foi considerada pela imprensa italiana a "declaração de guerra" feita pelo atacante Eddie Johnson. "Toda vez que você coloca a camisa de seu país e ouve o hino nacional, é hora de vencer ou morrer", disse o jogador, sendo depois desautorizado pelo próprio Arena a fazer tais declarações.

CIA Flüge Deutschland US Air Base Ramstein
Base militar de Ramstein: concentração da seleção dos EUA por dois diasFoto: AP

Um detalhe picante é que a delegação dos Estados Unidos passou os dois últimos dias antes da partida concentrada na base aérea norte-americana em Ramstein (na Renânia-Palatinado), onde normalmente chegam soldados dos EUA que voltam do Afeganistão e do Iraque.

Em função da base militar, cerca de 10 mil torcedores norte-americanos são esperados no Fritz-Walter-Stadion. Mas as cores dominantes devem ser o verde, vermelho e branco, já que 70 mil italianos encontram-se na região de Kaiserslautern neste fim de semana.

Pelo menos numericamente, a "guerra das torcidas" está perdida para os EUA. Seria uma grande surpresa, se isso fosse diferente no gramado. Ainda que Bruce Arena tenha anunciado uma equipe e uma tática "novas" para o jogo contra a Itália. "Joguei o velho esquema no lixo", declarou.

Não só Arena prevê uma tarefa difícil contra os italianos. A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, disse em encontro com seu colega de pasta italiano, Massimo D'Alema, em Washington, que a seleção dos EUA precisa melhorar para não ser eliminada.

ITÁLIA X EUA

Data: 17/6/2006
Local: Fritz-Walter-Stadion, em Kaiserslautern
Horário: 21h (16h de Brasília)
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)
Assistentes: Walter Rial e Pablo Fandino (ambos do Uruguai)

Itália

Buffon; Zambrotta, Nesta, Cannavaro e Oddo; De Rossi, Perrota, Pirlo e Totti; Luca Toni e Gilardino

Técnico: Marcello Lippi

Estados Unidos
Keller; Cherundolo, Onyewu, Pope e Lewis; Convey, Reyna, Mastroeni, Beasley; Donovan, McBride.

Técnico: Bruce Arena