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Itália registra segunda morte por coronavírus

22 de fevereiro de 2020

País tem 30 casos da doença. Na Coreia do Sul, dobra cifra de novos infectados. Irã relata cinco mortos pela enfermidade. Novas infecções na China caem para 400, menos da metade das registradas um dia antes.

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Rua vazia em cidade italiana
Medo do coronavírus provocou o fechamento de estabelecimentos em pelo menos 10 cidades do norte da ItáliaFoto: Reuters/Local Team

Duas pessoas morreram na Itália em decorrência do coronavírus no período de poucas horas. Uma mulher cuja idade não foi divulgada morreu neste sábado (22/02) na região da Lombardia, informou a imprensa local. Poucas horas antes, na noite de sexta-feira, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, confirmou a morte de um homem de 78 anos que teria sido infectado pelo coronavírus causador da doença Covid-19 na região de Vêneto.

No fim de semana passado, a França relatou a primeira morte na Europa pelo vírus – um turista chinês que estava visitando Paris.

Na Itália, já foram registrados 30 casos da doença. Em Vêneto foram constatados dois casos e na vizinha Lombardia, 15 infecções. Nenhum dos pacientes esteve na China, onde o vírus surgiu em dezembro.

Dezenas de localidades no norte, que concentram cerca de 50 mil pessoas, foram isoladas pelas autoridades italianas, após a detecção do primeiro caso de Covid-19, um homem de 38 anos, morador de Codogno, na Lombardia.

Como o homem infectado nunca esteve na China, as autoridades acreditam que ele pode ter adquirido a doença ao jantar com um amigo que voltou no dia 21 de janeiro do país asiático, embora essa pessoa tenha dado negativo em exames e nunca apresentado sintomas.

A região amanheceu neste sábado com ruas vazias, atividades comerciais suspensas e tendo todos os órgãos públicos que abrem aos sábados fechados.

As autoridades ordenaram no dia anterior o fechamento imediato de escolas e outros serviços públicos em pelo menos 10 cidades da Lombardia, após o surgimento de 15 novos casos de contágio, alguns deles detectados no hospital onde o paciente de 38 anos foi atendido, onde médicos, enfermeiros e outros pacientes teriam sido contaminados.

Mercados, bares, discotecas e centros esportivos também devem permanecer fechados por pelo menos uma semana nas áreas afetadas.

O governador da região de Vêneto, Luca Zaia, informou nas redes sociais que a Defesa Civil local montou um hospital de campanha junto ao hospital de Pádua, onde há um caso de Covid-19 confirmado, com 12 tendas e no máximo 96 leitos.

Ainda neste sábado, chegou a Roma o avião das Forças Aéreas transportando 19 italianos que estavam a bordo do cruzeiro Diamond Princess, em quarentena. O grupo foi encaminhado para uma unidade do Exército, para completar o período de isolamento.

Casos em mais de 25 países

Fora da China continental, foram registradas infecções por coronavírus em mais de 25 países e mais de uma dezena de mortes devido à doença.

Uma segunda pessoa também morreu na Coreia do Sul, onde o número de casos saltou para 433, com 229 novas infecções desde sexta-feira, disseram as autoridades neste sábado, enquanto a cifra de mortos no Irã chegou a cinco, e vários novos casos foram registrados em todo o Oriente Médio.

Como os novos casos que aparecem fora da China, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que a "janela de oportunidade" para conter a disseminação internacional do surto está "se estreitando".

O surto já matou 2.345 pessoas na China e infectou mais de 76 mil pessoas.

O número de novos casos na China fora de Hubei tem diminuído de forma geral, embora novos surtos tenham surgido em várias prisões e hospitais.

No sábado, as autoridades chinesas registraram quase 400 novos casos em todo o país, menos da metade do dia anterior e apenas 31 fora de Hubei. Uma equipe de especialistas liderada pela OMS deve visitar neste sábado Wuhan, capital da província.

MD/afp/rtr/efe

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