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SaúdeItália

Itália supera 1 milhão de casos de covid-19

11 de novembro de 2020

Um dos países europeus mais golpeados pela primeira onda da pandemia apresenta números crescentes de contágios e mortos. Federação de médicos exige que chefe de governo decrete lockdown nacional imediato.

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Profissionais de saúde em unidade de tratamento intensivo
Hospital em Bérgamo: Lombardia é uma das regiões italianas mais duramente atingidasFoto: Filippo Venezia/ANSA/picture alliance

A Itália ultrapassou nesta quarta-feira (11/11) a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19. Segundo a estatística oficial, desde o começo da pandemia 1.028.424 indivíduos se contaminaram com o vírus Sars-Cov-2 no país de cerca de 60 milhões de habitantes.

Nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde registrou 32.961 novos contágios, assim como 623 mortes associadas à doença respiratória, totalizando 42.953. Já na véspera, o número de novos óbitos, 580, fora o mais alto dos últimos seis meses.

Do total de novos casos, depois de se realizarem quase 226 mil testes de diagnóstico, a pior situação se registra na Lombardia (norte), que contabilizou 8.180 infeções, à frente da Campânia (3.166), Vêneto (3.082) e Piemonte (2.953).

Na luta contra a pandemia, o governo em Roma dividiu o país em três zonas de risco: amarelo, laranja e vermelho, e agora endureceu ainda mais as medidas preventivas em algumas das 20 regiões italianas.

O Alto Ádige se reuniu às quatro regiões de alto risco (vermelho) já definidas – Campânia, Lombardia, Piemonte e Vêneto. Os Abruzos, Basilicata, Toscana, Ligúria e Úmbria integram agora a zona laranja, juntamente com a Sicília. Assim, passam a vigorar toques de recolher rigorosos em mais da metade das regiões italianas.

A Agência dos Serviços Regionais de Saúde (Agenas) informou que 52% dos hospitalizados no país são pacientes de covid-19 – superando a taxa de 40%, já considerada crítica. Segundo Gianni Rezza, diretor-geral de Prevenção do Ministério da Saúde, o país conta mais de 500 casos por cada 100 mil habitantes.

O índice de contágio (Rt) é de 1,7 – ou seja, em média um grupo de 100 infectados contamina outras 170 pessoas.

Diante desses e outros dados, Filippo Anelli, presidente da Federação Nacional das Ordens dos Médicos, Cirurgiões e Dentistas (FNOMCEO) exigiu do primeiro-ministro Giuseppe Conte, em videoconferência nesta terça-feira, um imediato lockdown nacional de pelo menos 14 dias, a fim de "não invalidar os resultados obtidos". Anelli apontou que, na última semana, a média diária de pacientes sendo internados nas UTIs tem sido de 100 a 120.

A covid-19 causou pelo menos 1.276.397 mortes em quase 51,7 milhões de casos comprovados em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência de notícias Reuters Itália.

Contando 10% da população mundial, a Europa concentra quase um quarto das mortes globais, e mesmo seus bem equipados hospitais estão sofrendo sob a carga da pandemia. Nesta quarta-feira, o Reino Unido se tornou o primeiro país europeu – e o quinto país do mundo – a superar a marca de 50 mil mortos pela doença.

AV/ots,rtr,lusa,kna,dpa