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Joe Biden rechaça acusações de assédio sexual

1 de maio de 2020

Até agora, o provável candidato democrata à Casa Branca deixara que seus colaboradores reagissem às alegações da ex-funcionária. Na TV e em comunicado, Biden aponta falta de provas e inconsistências.

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Ex-vice-presidente dos EUA, Joe Biden
Ex-vice Biden: "Isso nunca, nunca aconteceu"Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Rourke

Joe Biden, possível candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, negou oficialmente nesta sexta-feira (01/05) as acusações de agressão sexual feitas por uma ex-funcionária. "Afirmo inequivocamente que isso nunca, nunca aconteceu", garantiu no programa Morning Joe, da TV MSNBC.

Trata-se do primeiro comentário público do democrata sobre a acusação de agressão sexual a Tara Reade, sua ex-funcionária do Senado, em 1993. Ele disse que pedirá aos Arquivos Nacionais que verifiquem se há algum registro sobre o caso: "Só existe um lugar onde uma queixa desse tipo pode estar: os Arquivos Nacionais."

"A ex-funcionária disse que se queixou em 1993. Mas ela não tem um registro dessa suposta queixa. Os documentos dos meus anos no Senado, que doei à Universidade de Delaware, não contêm arquivos pessoais", argumentou.

Biden foi acusado em abril por Reade, que trabalhava para ele durante seu mandato como senador, segundo a qual, em certa ocasião ele a encurralou contra a parede, colocou a mão por baixo da roupa dela e a tocou na vulva. A ex-funcionária é uma das oito mulheres que, em 2019, imputaram ao político condutas inapropriadas, como toques, beijos e abraços não consentidos.

Até agora, Biden optara por não se manifestar, sempre deixando as reações às acusações para os responsáveis por sua campanha a presidente ou para os advogados. Ele resolveu se pronunciar diante da proporção que o caso ganhou nesta semana. Em comunicado, apelou: "Os meios de comunicação responsáveis deveriam examinar e avaliar o histórico completo e crescente de inconsistências na história dela, que mudou repetidamente."

Joe Biden é o provável candidato democrata a concorrer contra Donald Trump nas eleições marcadas para 3 de novembro, mas ainda precisa ter o nome confirmado na convenção do partido. De 2009 a 2017 ele foi vice do presidente Barack Obama.

Trump, que é acusado de abusos sexuais por numerosas mulheres, chegou a cobrar explicações públicas do adversário político: "Não sei nada a respeito, mas acho que ele deveria responder. Podem ser acusações falsas. Eu sei tudo sobre acusações falsas, porque me acusaram falsamente em várias ocasiões", comentou o político republicano.

AV/lusa,efe

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