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Jogos Olímpicos na imprensa alemã: dia 13

Luisa Frey18 de agosto de 2016

Mídia destaca vitória da Alemanha onde o ouro para o Brasil "era quase obrigatório": nas areias de Copacabana. Confronto na decisão do futebol masculino no Maracanã também é tema.

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Neymar
Neymar é chamado de superstar pela imprensa alemãFoto: Getty Images/C. Junior

A imprensa da Alemanha comemorou nesta quinta-feira (18/08), dia 13 dos Jogos Olímpicos, o desempenho da dupla de vôlei de praia Laura Ludwig e Kira Walkenhorst, que levaram o ouro ao derrotar as brasileiras Bárbara e Ágatha. O duelo entre Brasil e Alemanha na final do futebol masculino, no próximo sábado, e o lendário 7 a 1 no último embate entre ambas as seleções também ganharam destaque.

Sueddeutsche Zeitung: Adversárias como amadoras

"No fim, elas choravam perplexas na areia de Copacabana. Diante de 12 mil espectadores em choque, Laura Ludwif e Kira Walkenhorst fizeram as brasileiras Bárbara e Ághata parecerem amadoras na vitória por 2 a 0. [...]

As duas [alemãs] superaram tempos difíceis – e isso é parte de seu sucesso: Walkenhorst ficou doente em 2014; Ludwig resistiu em 2004, aos 18 anos, a um acidente vascular cerebral, cuja causa segue um mistério. Agora, elas se transformaram em rainhas da praia. Justamente no Rio, onde o ouro para o Brasil era quase obrigatório."

Die Welt: Seleção alemã desperta o trauma

"Foi muito violento o que aconteceu com os brasileiros em 8 de julho de 2014, na semifinal da Copa do Mundo. Por 7 a 1, a Alemanha, que viria a ser campeã, os varreu do campo em Belo Horizonte. Uma derrota épica, que ainda deve causar dor em todos os torcedores de futebol no Brasil quando se pensa nela.

Desde a noite desta quarta-feira, essa derrota histórica deve estar tão presente como há muito não se via desde aquele 8 de julho. Pois na noite de quarta-feira, os jogadores olímpicos liderados por Horst Hrubesch fizeram o mesmo que os brasileiros e, após um 2 a 0 contra a Nigéria, avançaram para a final no Rio [...] Brasil x Alemanha é a dupla que vai decidir no sábado por vitória ou derrota nos Jogos Olímpicos, por ouro ou prata. É uma final dos sonhos, com a qual a seleção alemã desperta um trauma.

Mesmo não sendo a equipe A na final no Rio, porque do torneio olímpico de futebol só participam os jogadores sub-21, a final tem um atrativo especial. Sobretudo do ponto de vista dos brasileiros, que agora têm a chance de uma reparação contra a Alemanha, mesmo que seja pequena."

Frankfurter Allgemeine Zeitung: Final dos sonhos

"A seleção da Federação Alemã de Futebol (DFB) nunca havia chegado à final olímpica. Somente a República Democrática Alemã [antiga Alemanha Oriental] havia conseguido tal feito, sendo campeã olímpica em Montreal, em 1976 e conquistando a prata em Moscou, em 1980. Em 1988, com o bronze, foi conquistada a única medalha até agora para uma equipe da DFB. [...]

Agora, a nova geração de jogadores alemães quer levar o ouro contra o Brasil, no sábado, diante de 75 mil torcedores brasileiros no Maracanã. O anfitrião olímpico ao redor da superestrela Neymar chegou à final com um descontraído 6 a 0 contra Honduras.

O técnico alemão, Horst Hrubesch, vê a situação com tranquilidade. "Quando criança eu já assistia aos Jogos Olímpicos e sonhava com eles. Agora, na minha idade, eu já garanti a prata. O que mais pode acontecer?'"

Der Spiegel: Recordista sem título olímpico e grandes expectativas

"Com cinco títulos mundiais, o Brasil é recordista, mas ainda espera por uma vitória olímpica [...] Neste sábado, isso deve finalmente mudar. E justamente no Maracanã, o estádio onde o Brasil sofreu a derrota decisiva por 2 a 1 do Uruguai, na Copa do Mundo de 1950, e ficou em segundo lugar. No mesmo local onde a Alemanha foi campeã mundial, em 13 de julho de 2014 , e assim evitou ao menos um triunfo do arquirrival Argentina.

Mesmo que o adversário seja a Alemanha, o Brasil será o favorito. O técnico Rogério Micale sabe disso. E para ele também está claro que, no caso de uma derrota, a mídia voltará a ser tão impiedosa quanto no início do torneio [...] Uma vitória não vai fazer esquecer a vergonha de Belo Horizonte. Mas uma derrota seria uma catástrofe para o Brasil."